Os cenários da Reforma da Previdência (2)


O cenário é marcado pelas dificuldades do Governo em reunir pelo menos os 308 votos necessários para a aprovação da PEC, enfrentando múltiplas resistências, sejam gerais, como específicas.
As resistências gerais, com base na argumentação de que não existe déficit previdenciário, que foi o principal empecilho para o encaminhamento da Reforma da Previdência de Temer, é superada, ficando restrita à oposição radical. Permaneceriam as resistências gerais às idades mínimas e aos tempos de contribuição, mas também seriam superadas, pela prevalência da visão generalizada de que aposentadoria é para idosos e não para jovens. Como são atualmente os que ainda estão abaixo dos 60 anos. Já o período de transição seria objeto de negociação, para viabilizar a aprovação da "espinha dorsal" da Reforma Bolsonaro/ Paulo Guedes. 
Jair Bolsonaro volta às ruas e obtém o apoio popular a favor da Reforma da Previdência, com mensagens contra a aposentadoria precoce e contra os privilégios.
Aspectos específicos que afetam algumas corporações de servidores públicos seriam objeto de demoradas negociações, mas o Governo conseguiria manter a maioria desses. Seria uma negociação desgastante, com amplo acompanhamento público, e intensa discussão pelas redes sociais.
Em função das resistências, demoradas negociações e da obstrução pela oposição, a Reforma da Previdência não seria aprovada, ainda no primeiro semestre, jogando a perspectiva de aprovação para setembro ou mais. Mas, com os ajustes negociados, acabaria sendo aprovado ainda em 2019.

(cont)


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