Os cenários da Reforma da Previdência (3)

O Governo, mais uma vez não consegue vencer a batalha da comunicação, deixando que as versões difundidas pelas corporações dos servidores públicos fortemente afetados pela reforma, prevaleçam: não existe déficit previdenciário, o que existe é falta de cobrança e desvios; os eventuais desvios com aposentadorias milionárias são excepcionais e decorrentes de direitos reconhecidos pela Justiça; a reforma prejudica os mais pobres, com valores abaixo do salário mínimo.
Ficando na defensiva, não consegue a adesão mínima dos 308 deputados para aprovar a Reforma, tampouco os 49 votos dos Senadores. Para não ser derrotado, vai postergando a votação que acaba ultrapassando o ano. 
Jair Bolsonaro insiste numa negociação político partidária, sem concessões de cargos ou verbas. Ameaça, ainda que veladamente, com o poder militar, mas os congressistas não se intimidam: não aceitam a "prensa".
Bolsonaro se nega a voltar às ruas, concentrando-se numa campanha pelas redes sociais que acabam tendo um alcance limitado e com muitas contestações e colocação de "fake news" contra a reforma, que acabam prevalecendo.
O mercado fica impaciente e inseguro, não ampliando a produção e os investimentos, levando a uma estagnação econômica.
Os eleitores de Bolsonaro ficam frustrados com a sua atuação e muitos passam a ver na sua substituição pelo Vice-Presidente, General Mourão, uma solução melhor para o Brasil. 
Bolsonaro termina o primeiro ano do seu mandato enfraquecido. 

(cont)

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