Os eleitores do PT no Rio de Janeiro (5)

Os intelectuais, os artistas e a "esquerda caviar"

Com a perda de espaço junto ao eleitorado de pouca renda, aos trabalhadores e chegando atrasado na conquista do eleitorado dos "oprimidos pelos  costumes" o que resta ao PT, como reduto eleitoral é o segmento de intelectuais e artistas de esquerda, e os simpatizantes (nos termos modernos, os seguidores) de classe média alta e de classe alta, caracterizada pelos adversários como "esquerda caviar".

É um segmento com grande visibilidade junto à mídia e a sociedade organizada, mas de baixa densidade eleitoral, sem volume de eleitores suficientes para eleger um deputado federal. É o que indicam as estatísticas das eleições anteriores. Em 2014 teriam eleito Alessandro Molon, que migrou para o Rede e depois para o PSB. O que o PT tem como candidato para esse eleitorado é Celso Pansera, uma pessoa da comunidade científica, mas rejeitada pelas ligações com Eduardo Cunha. 

O que mantém a força desse segmento é a incorporação inconteste da versão da teoria da Conspiração do Golpe Parlamentar para o Impeachment de Dilma, e a prisão de Lula, por razões políticas, acusado de crimes, sem provas. A manutenção da prisão de Lula e os movimentos Lula Livre, mobilizam ainda o segmento. 

Pelas manifestações "das ruas" barulhentas, com verberação pela mídia, mas com pouca adesão efetiva do eleitorado. 

Votarão em Lula ou em seu substituto, para Presidente, mas não transcendem os votos para os candidatos do PT para o Congresso. A situação mais emblemática seria da atual Presidente do PT a principal líder do movimento "Lula Livre" que corre o risco de não conseguir a reeleição para o Senado, em 2014.

No Rio de Janeiro, esse remanescente eleitorado petista, ainda sustentado pela imagem de Lula, dará votos suficientes para reeleger Lindbergh Faria? Terá votos para eleger Wadih Damous, que ficou na suplência em 2014? Como titular, tornou-se uma das figuras políticas mais proeminentes da defesa do Lula Livre. 

(cont)

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