Políticas industriais

Em evento promovido pela ABDIB, sobre reindustrialização, percebi que a questão vai além de ter ou não uma política industrial.
O foco num mundo globalizado não é uma política setorial, tampouco apenas uma politica macromonetarista. Essa baseada no tripê: meta de inflação (mediante controle dos juros), câmbio flutuante e equilibrio fiscal. 
As políticas econômicas devem estar voltadas para a maior inserção da economia nacional na economia mundial, a partir da participação nas cadeias produtivas (ou de valor) mundiais.
Mantém-se o conceito de especialização, mas não mais de setores da economia, mas de atividades como partes de cadeias produtivas.

Portanto não se trata de especializar o Brasil como fabricante de aviões de média capacidade, mas de inserção do Brasil nessa cadeia. Podendo ter ou não o comando da cadeia, como ocorria com a EMBRAER, em função da capacidade brasileira em projetar, inteiramente uma aeronave.
Para que o avião da EMBRAER fosse competitivo a empresa teve que recorrer aos fornecedores mais competitivos em todo o mundo. Juntando a capacidade de projetar, com a de montar os aviões, tornou-se a principal produtora de aviões de médio porte, concorrendo com uma empresa de origem canadense.
O avião da EMBRAER não é brasileiro, não é nacional, é mundial. 



(cont)





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