Reindustrialização (3)

A reindustrialização deverá ocorrer no contexto de uma ampla mudança do modelo de negócio do Brasil. Não mais uma indústria voltada para o mercado interno, contando com a proteção estatal. Mas uma indústria competitiva para concorrer no mercado externo.
A partir desse princípio, a pergunta é: quais setores industriais brasileiros tem as condições de competitividade mundial?
Na realidade, a questão é mais ampla: quais as cadeias produtivas com governança brasileira podem ser competitivas no mercado mundial?
Segundo essa visão o Brasil deverá sediar a unidade governante da cadeia produtiva, com os fornecedores em duas alternativas: uma de fornecedores em qualquer lugar do mundo, outra de fornecedores competitivos localizados também em território brasileiro. O primeiro modelo é o "sul-coreano", com um caso específico brasileiro: a  EMBRAER.
O segundo modelo seria o da agroindústria, aproveitando as condições competitivas da produção primária. O caso mais emblemático seria o da celulose, assim como do açúcar de cana.
No caso da celulose o Brasil é competitivo, mas fica ainda na segunda etapa, não se desenvolvendo, nas mesmas condições competitivas, na produção de papel, dos serviços gráficos, assim como de outros derivados da celulose. Poderia ir além.

Outro caminho, dentro do mesmo conceito é o de expansão das cadeias produtivas alimentícias a partir da competitividade das matérias primas.

(cont)




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