O PSL só conseguiu a eleição de 4 Senadores, mas vários, de outros partidos, foram eleitos dentro da onda bolsonarista, como Arolde de Oliveira (PSD - RJ), Messias de Jesus (PR) e Chico Rodrigues (DEM), ambos de Roraima, Marcos Rogério (DEM - RO), Carlos Viana (PHS-MG), Jorginho Melo (PR-SC) e outros. Por afinidade de pauta, Bolsonaro poderá formar uma base aliada, incorporando as bancada partidárias do DEM, PR, PHS, PP e PSD. Esta última, seria mais problemática, porque apesar dos acordos com o Presidente do partido, Gilberto Kassab, o líder no Senado, Otto Alencar foi um dos principais defensores de Dilma Rousseff. O Presidente do PP, Ciro Nogueira, do Piaui, fez campanha a favor do PT, embora coligado com o PSDB. Mas a bancada sulista do PP é predominantemente bolsonarista.
O que falta a Jair Bolsonaro é um líder para a articulação da sua base no Senado. Um candidato natural seria o seu filho Flávio, eleito pelo Rio de Janeiro, cuja condição filial tem vantagens e desvantagens. A vantagem é que sua palavra é mais confiável, pela interlocução direta com o pai. Mas tem a restrição do grupo militar de Bolsonaro que considera a indicação, como nepotismo e o deixaria mais vulnerável, caso cometa erros. Essa condição já ocorreu antes mesmo da posse, com o envolvimento de um dos assessores de Flávio, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, em operações suspeitas.
Onyx Lorenzoni, por ser deputado federal sofre restrições dos Senadores, dificultando a sua condição de articulação. Além do mais estará muito ocupado na articulação na Câmara dos Deputados.
O mais evidente é o Major Olimpio, eleito pelo PSL, em São Paulo, com expressiva votação e com experiência política em Brasília, por ser deputado federal.
Há novos Senadores, pouco conhecidos, mas também com experiência, como deputados federais, que poderão assumir a função. Um novato levará tempo para conhecer todos os Senadores e entender o processo. Uma condição essencial é conhecer bem o Regimento Interno da Casa.
A melhor alternativa de Jair Bolsonaro parece ser o Senador Jayme Campos, eleito pelo DEM do Mato Grosso. Com larga experiência política, tendo sido ex-governador do Estado e também senador, teria a preferência do novo Presidente da República, para presidir o Senado, enfrentando Renan Calheiros.
A alternativa do General Santos Cruz, Ministro da Secretaria do Governo, pode ser adequada para a negociação com os partidos, mas não para a negociação no varejo. Teria também a restrição do pouco conhecimento prático do Regimento Interno.
O primeiro desafio de Bolsonaro e do seu articulador será a eleição do Presidente do Senado, que já tem um candidato declarado e que sofre restrições do seu partido, o PSL.
(cont)
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