Trajetórias do primeiro mês (3)

Bolsonaro vem cumprindo as suas promessas de campanha o que manteria o apoio popular. O mais importante e visível é não ter loteado o Ministério por acordos partidários. Mas, apesar do grande número de militares e de técnicos relevantes no primeiro escalão, há também diversos políticos, designados segundo acordos com bancadas temáticas. Não teriam sido por barganhas com os líderes partidários. 
Tem havido negociações com lideranças partidárias em relação aos cargos de terceiro e quarto escalão, mas esses não são tão visíveis para a opinião publicada. Não comprometeriam - por enquanto - as promessas.
A redução da estrutura organizacional do Governo Federal está sendo menor que o prometido, mas há uma redução efetiva e a imagem popular é de que está fazendo o possível, no cumprimento das promessas. 
No campo regulatório as medidas são parcas, justificadas pelo fato do Congresso Nacional estar em recesso. A medida mais relevante, de cumprimento das promessas é o decreto de flexibilização da posse de armas. Não satisfez a nenhuma das partes diretamente envolvidas, mas o primeiro passo da promessa foi cumprida.
A ida de Bolsonaro a Davos, foi o cumprimento de uma agenda, sem grande impacto sobre a avaliação popular do Governo. 
O primeiro mês estaria inteiramente dentro do cenário "Lua de Mel prolongada", apesar de pequenas trapalhadas, não fosse o episódio Flávio Bolsonaro/ Fabrício Queiroz, analisado no artigo anterior deste blog.
Este empana o cenário e o leva à alternativa do cenário "relacionamento instável". 

(cont)

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