A lua de mel está empanada pela emergência de um "caso antigo", sem uma explicação convincente, por parte dos Bolsonaros. Gera uma "rusga" entre o "casal", fica um "pulga atrás da orelha", mas mantém o relacionamento, que deixa de ser pleno, mas instável.
A questão principal não está no episódio, em si, mas no confronto do clã Bolsonaro com a midia tradicional, vale dizer, os principais meios de comunicação nacional, formadora da opinião publicada.
Descontente com seletividade da grande mídia que dá ampla cobertura às supostas participações do filho em "malfeitos" no meio de tantos outros, dentro da ALERJ, Jair Bolsonaro não a atende, só dá entrevistas canais alternativos, suspende entrevistas coletivas, corta verbas e adota outras medidas na tentativa de sufocá-la, ou mudar de comportamento.
Confia que com os canais alternativos, principalmente pelo uso da rede social conseguirá manter o relacionamento direto com a população e reduzir a importância da grande mídia.
Com a cobertura negativa dessa, uma avaliação mais objetiva do apoio popular dependerá da realização e divulgação de pesquisas de opinião.
Apesar do desgaste promovido pela campanha da grande mídia, insistindo no "caso Flávio Bolsonaro", gerando divergências dentro do próprio Governo, Jair Bolsonaro ainda teria "ativo político" suficiente para conseguir a aprovação no Congresso da Reforma Previdenciária e da Agenda Moro, recuperando um apoio popular amplo e minimizando, momentaneamente, os problemas com Flávio Bolsonaro. Esse assumiria o Senado, mantendo-se numa posição discreta.
Novas revelações seriam trazidas a tona, mantendo o Governo sob pressão e aumento da desconfiança da população sobre o passado impoluto do clã Bolsonaro.
Mas entre "tapas e beijos" com a população, Jair Bolsonaro seguiria governando, com aprovação positiva nas pesquisas de opinião, ao longo do ano.
(cont)
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