O leilão da concessão de 3 lotes de aeroportos foi um sucesso. A mídia supervalorizou o sucesso em função dos grandes ágios relativos.
O PPI desenvolvido pelo Governo Temer, do qual o atual Ministro da Infraestrutura fez parte ativa, adotou um modelo diverso de Dilma Rousseff e que agora Paulo Guedes quer retomar: conceder ou privatizar para fazer caixa para o Tesouro.
O modelo do PPI prioriza o investimento a ser feito pelo concessionário. O valor da outorga fica a cargo da disputa de mercado. É definido num patamar baixo, para ampliar o interesse de concorrentes. Se não houver disputa, o valor fica baixo. Se houver disputa há ágio que sobe à medida em que há maior disputa.
Foi o que ocorreu no leilão dos aeroportos, em função da organização européia de gestão de aeroportos. Também por uma disputa local, ainda não muito clara.
Com a desestatização de aeroportos europeus, foram formados diversos grupos privados e semi-estatais para disputar as concessões licitadas pelos Governos,
Esses grupos passaram a se interessar pelos aeroportos brasileiros, após a primeira rodada. Não entraram ou entraram com disposição, por desconfianças, mas passaram a disputar os lotes subsequentes.
Por isso o terceiro e o quarto lote (este o realizado em 15 de março próximo passado) teve grande competição.
(cont)
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