Para não ficar repetindo as mesmas coisas que "todo mundo" está dizendo e escrevendo e não achar nada de novo, preferi ficar calado.
A inspiração voltou na forma de perceber uma disputa desigual para a Presidência da República. Não de forças, mas institucionais: a disputa final é entre um partido e uma pessoa.
Fernando Haddad não é um candidato pessoal. Ele é o candidato de um partido. Foi escolhido pelo líder do partido e ao mesmo tempo que tem o apoio dos partidários, sofre uma forte rejeição. Rejeição que não é à pessoa dele, mas ao partido e o que ele representa.
Já Jair Bolsonaro é o candidato. Toda força eleitoral decorre das posições dele, assim como a rejeição é de natureza pessoal.
Em função das exigências regulamentares ele não podia se candidatar como avulso. Buscou então um partido para assumí-lo. Um dos diversos partidos de aluguel, mas preferiu aquele que aceitasse entregar a ele "porteira fechada" e não uma locação.
O eleitor está votando em Bolsonaro e em partidários do PSL, não pelo programa ou ideário do partido, que ninguém sabe qual é. O ideário, a imagem toda é de Bolsonaro.
A disputa desigual referida no título é entre um partido e uma pessoa.
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