Uma prática que ocorre todos os anos que poderia ficar restrita aos locais das ocorrências foi transformado em problema mundial, afetando todos os negócios do Brasil, em função das reações emocionais do Presidente Bolsonaro.
Em tudo o que o contraria ele vê como uma conspiração para derrubá-lo e reage com truculência verbal, acusando os que ele acha que são os conspiradores. É da sua personalidade.
As queimadas são prática comum dos produtores agrícolas como preparação de novas terras. Depois de grandes avanços na fronteira agrícola, até 2010, houve uma contenção, com o agronegócio buscando aumento da produção pela melhoria da produtividade.
Há muitas terras dentro do cerrado, degradadas que estão sendo utilizadas, dentro das fronteiras atuais não havendo necessidade de avançar sobre o bioma amazônico.
Mesmo nessas, os produtores usam o fogo para queima a mata remanescente para preparar o campo para a entrada das máquinas, além de produzir fertilizantes naturais, pelas cinzas.
Depois de sucessivas reduções das queimadas em função do maior rigor na fiscalização ambiental, até 2018, está havendo um recrudescimento, em 2019.
As queimadas são inciadas deliberadamente pelos fazendeiros, com o pressuposto de limitá-las às suas propriedades. Condições climática e menor atuação no controle das chamas, podem transformar as queimadas em incêndios florestais.
Essas queimadas são mais do cerrado, do que no bioma amazônico.
Já o desmatamento é obra de madeireiros, na sua maior parte ilegais, praticando crimes ambientais antes contidos pela fiscalização e pela indústria da multa. Com a flexibilização ou afrouxamento da fiscalização os criminosos voltaram às suas páticas, ampliando efetivamente o desmatamento no ano de 2019.
Esses são os fatos. Já a narrativa dos fatos envolve interesses, no contexto de uma guerra de comunicações, em que o Brasil vem perdendo de goleada, tanto no campo interno, como externo.
Embora as queimadas ocorram mais no cerrado a mídia insiste em localizar as queimadas, caracterizadas como incêndios florestais na Amazônia Legal, que é uma área mais ampla, muito superior à floresta amazônica.
O grande agronegócio exportador tem pouca responsabilidade pelas queimadas mas é responsabilizado por interesse dos concorrentes.
Essa batalha das comunicações tem reflexo em toda a economia brasileira alcançando a vida das grandes cidades.
A trajetória da retomada do crescimento passa pela maior inserção das cadeias produtivas brasileiras nas cadeias mundiais, tendo a agropecuária como o principal motor que seria dinamizado pela industrialização dos produtos agropecuários. Essa perspectiva que melhoria o ambiente econômico, principalmente após a assinatura inicial do acordo comercial Mercosul-União Européia, foi abortada e retardará a retomada econômica.
As restrições ou até boicotes contra produtos brasileiros no exterior, ainda que por falta de informações, esfria as perspectivas favoráveis.
Os empresários que começavam a se animar a investir para se preparar para produzir e exportar mais para a União Européia, já recuaram e estão engavetando os seus planos de expansão.
Ver o que não é mostrado - Enxergar o que está mostrado Ler o que não está escrito Ouvir o que não é dito - Entender o que está escrito ou dito
sábado, 31 de agosto de 2019
quinta-feira, 29 de agosto de 2019
Popularidade sustentada
A mais
recente pesquisa CNT/MDA mostra dados que podem ser interpretados segundo diversos
ângulos, cada qual carregado de interesses.
Jair
Bolsonaro, assumidamente, governa para uma parte da sociedade, acreditando que
essa parte represente o Brasil. Os vencidos tem que se submeter ao vencedor.
Para ele o
importante é manter o apoio fiel desse segmento, que representaria cerca de 1/3
da população e se manifesta ativamente nas redes sociais.
A pesquisa
mostra que a sua base que ainda acha o seu modo de governar ótimo ou bom.
Na visão
dele, ter até um pouco mais que o 1/3 indicaria que ele continua com alta
popularidade e seguirá governando como vem feito. A pesquisa apontou 41% de
aprovação.
Já em
relação ao Governo, os resultados são menos favoráveis. O percentual dos
pesquisados que acham o governo ótimo e bom foi de 29 % abaixo de 33%. Mas para
Jair Bolsonaro a presidência é uma coisa. Governo é outra coisa, onde ele não
manda o quanto gostaria.
Jair
Bolsonaro está enfrentando uma tendência acentuada de queda, na sua
popularidade, mas ainda se fia no apoio da “sua turma”, para seguir com o mesmo
estilo de governar.
Se o
intervalo entre a pesquisa for de mais 6 meses, ainda terá tempo para se
aguentar do jeito que é. O Brasil aguentará?
segunda-feira, 26 de agosto de 2019
Queimadas na Amazonia
Uma prática que ocorre todos os anos que poderia ficar restrita aos locais das ocorrências foi transformado em problema mundial, afetando todos os negócios do Brasil, em função das reações emocionais do Presidente Bolsonaro.
Em tudo o que o contraria ele vê como uma conspiração para derrubá-lo e reage com truculência verbal, acusando os que ele acha que são os conspiradores. É da sua personalidade.
As queimadas são prática comum dos produtores agrícolas como preparação de novas terras. Depois de grandes avanços na fronteira agrícola, até 2010, houve uma contenção, com o agronegócio buscando aumento da produção pela melhoria da produtividade.
Há muitas terras dentro do cerrado, degradadas que estão sendo utilizadas, dentro das fronteiras atuais não havendo necessidade de avançar sobre o bioma amazônico.
Mesmo nessas, os produtores usam o fogo para queima a mata remanescente para preparar o campo para a entrada das máquinas, além de produzir fertilizantes naturais, pelas cinzas.
Depois de sucessivas reduções das queimadas em função do maior rigor na fiscalização ambiental, até 2018, está havendo um recrudescimento, em 2019.
As queimadas são inciadas deliberadamente pelos fazendeiros, com o pressuposto de limitá-las às suas propriedades. Condições climática e menor atuação no controle das chamas, podem transformar as queimadas em incêndios florestais.
Essas queimadas são mais do cerrado, do que no bioma amazônico.
Já o desmatamento é obra de madeireiros, na sua maior parte ilegais, praticando crimes ambientais antes contidos pela fiscalização e pela indústria da multa. Com a flexibilização ou afrouxamento da fiscalização os criminosos voltaram às suas páticas, ampliando efetivamente o desmatamento no ano de 2019.
Esses são os fatos. Já a narrativa dos fatos envolve interesses, no contexto de uma guerra de comunicações, em que o Brasil vem perdendo de goleada, tanto no campo interno, como externo.
Embora as queimadas ocorram mais no cerrado a mídia insiste em localizar as queimadas, caracterizadas como incêndios florestais na Amazônia Legal, que é uma área mais ampla, muito superior à floresta amazônica.
O grande agronegócio exportador tem pouca responsabilidade pelas queimadas mas é responsabilizado por interesse dos concorrentes.
Essa batalha das comunicações tem reflexo em toda a economia brasileira alcançando a vida das grandes cidades.
A trajetória da retomada do crescimento passa pela maior inserção das cadeias produtivas brasileiras nas cadeias mundiais, tendo a agropecuária como o principal motor que seria dinamizado pela industrialização dos produtos agropecuários. Essa perspectiva que melhoria o ambiente econômico, principalmente após a assinatura inicial do acordo comercial Mercosul-União Européia, foi abortada e retardará a retomada econômica.
Os empresários que começavam a se animar a investir para se preparar para produzir e exportar mais para a União Européia, já recuaram e estão engavetando os seus planos de expansão.
Em tudo o que o contraria ele vê como uma conspiração para derrubá-lo e reage com truculência verbal, acusando os que ele acha que são os conspiradores. É da sua personalidade.
As queimadas são prática comum dos produtores agrícolas como preparação de novas terras. Depois de grandes avanços na fronteira agrícola, até 2010, houve uma contenção, com o agronegócio buscando aumento da produção pela melhoria da produtividade.
Há muitas terras dentro do cerrado, degradadas que estão sendo utilizadas, dentro das fronteiras atuais não havendo necessidade de avançar sobre o bioma amazônico.
Mesmo nessas, os produtores usam o fogo para queima a mata remanescente para preparar o campo para a entrada das máquinas, além de produzir fertilizantes naturais, pelas cinzas.
Depois de sucessivas reduções das queimadas em função do maior rigor na fiscalização ambiental, até 2018, está havendo um recrudescimento, em 2019.
As queimadas são inciadas deliberadamente pelos fazendeiros, com o pressuposto de limitá-las às suas propriedades. Condições climática e menor atuação no controle das chamas, podem transformar as queimadas em incêndios florestais.
Essas queimadas são mais do cerrado, do que no bioma amazônico.
Já o desmatamento é obra de madeireiros, na sua maior parte ilegais, praticando crimes ambientais antes contidos pela fiscalização e pela indústria da multa. Com a flexibilização ou afrouxamento da fiscalização os criminosos voltaram às suas páticas, ampliando efetivamente o desmatamento no ano de 2019.
Esses são os fatos. Já a narrativa dos fatos envolve interesses, no contexto de uma guerra de comunicações, em que o Brasil vem perdendo de goleada, tanto no campo interno, como externo.
Embora as queimadas ocorram mais no cerrado a mídia insiste em localizar as queimadas, caracterizadas como incêndios florestais na Amazônia Legal, que é uma área mais ampla, muito superior à floresta amazônica.
O grande agronegócio exportador tem pouca responsabilidade pelas queimadas mas é responsabilizado por interesse dos concorrentes.
Essa batalha das comunicações tem reflexo em toda a economia brasileira alcançando a vida das grandes cidades.
A trajetória da retomada do crescimento passa pela maior inserção das cadeias produtivas brasileiras nas cadeias mundiais, tendo a agropecuária como o principal motor que seria dinamizado pela industrialização dos produtos agropecuários. Essa perspectiva que melhoria o ambiente econômico, principalmente após a assinatura inicial do acordo comercial Mercosul-União Européia, foi abortada e retardará a retomada econômica.
Os empresários que começavam a se animar a investir para se preparar para produzir e exportar mais para a União Européia, já recuaram e estão engavetando os seus planos de expansão.
domingo, 18 de agosto de 2019
Aquecimento antes da partida
A largada da corrida presidencial ainda não foi iniciada, mas o aquecimento preparatório de muitos candidatos já começou.
O mais avançado, que já vem quente, é Jair Bolsonaro para garantir o espaço da extrema direita, com o bolsonarismo.
O outro extremo tem uma profusão de candidatos, em luta intestina. No PT, uma facção ainda mantém a esperança da candidatura Lula, outra trabalha com a candidatura de um Governador do Nordeste.
O PSOL deverá insistir com Guilherme Boulos e o PCdoB mantém a expectativa de Flávio Dino, do Maranhão.
A centro-esquerda tradicional já tem um candidato definido, Ciro Gomes e a sua candidatura deverá inibir qualquer iniciativa do PSB tradicional.
Há um centro-esquerda renovador, que buscou maior independência em relação às direções partidárias, com a emergência de figuras novas.
O centro programático (ou ideológico) se diliuiu com a migração do PSDB para a centro-direita e foi tomado pelo "centrão". Esse sempre teve forças nas eleições parlamentares, mas nunca teve um nome competitivo para a Presidência da República. O principal líder do centrão é Rodrigo Maia.
O centro direita tradicional foi tomada de assalto por João Dória, levando consigo do PSDB, não deixando espaço para qualquer concorrente dentro do mesmo campo político.
Persiste um espaço de um centro direita renovador, assumido pelo Novo, que ainda não tem um candidato forte.
O mais avançado, que já vem quente, é Jair Bolsonaro para garantir o espaço da extrema direita, com o bolsonarismo.
O outro extremo tem uma profusão de candidatos, em luta intestina. No PT, uma facção ainda mantém a esperança da candidatura Lula, outra trabalha com a candidatura de um Governador do Nordeste.
O PSOL deverá insistir com Guilherme Boulos e o PCdoB mantém a expectativa de Flávio Dino, do Maranhão.
A centro-esquerda tradicional já tem um candidato definido, Ciro Gomes e a sua candidatura deverá inibir qualquer iniciativa do PSB tradicional.
Há um centro-esquerda renovador, que buscou maior independência em relação às direções partidárias, com a emergência de figuras novas.
O centro programático (ou ideológico) se diliuiu com a migração do PSDB para a centro-direita e foi tomado pelo "centrão". Esse sempre teve forças nas eleições parlamentares, mas nunca teve um nome competitivo para a Presidência da República. O principal líder do centrão é Rodrigo Maia.
O centro direita tradicional foi tomada de assalto por João Dória, levando consigo do PSDB, não deixando espaço para qualquer concorrente dentro do mesmo campo político.
Persiste um espaço de um centro direita renovador, assumido pelo Novo, que ainda não tem um candidato forte.
sexta-feira, 16 de agosto de 2019
Pessimismo
Se for acreditar nas projeções de Paulo Guedes e sua equipe,
daqui a pouco faltarão trabalhadores para os milhões de empregos que serão
gerados pela Reforma da Previdência, com a mini-reforma trabalhista e depois
com as demais reformas estruturais.
Os 3 milhões de empregos que estão sendo prometidos com a
flexibilização do trabalho, nos domingos, serão permanentes ou temporários? Ou
intermitentes?
O carnaval do Rio de Janeiro, gera a cada ano, mais de 1
milhão de postos de trabalho, no Brasil, fora o que gera na China. Para tudo
terminar na quarta-feira.
Se somar o Carnaval da Bahia, do Recife e agora o de São
Paulo, devem criar mais de 3 milhões de “empregos”. Atualmente com duração um
pouco maior, mas não muito além da quarta-feira de cinzas. A ilusão da criação
de empregos por grandes eventos é “um sonho de carnaval”.
Estaria eu sendo pessimista e não vejo saída para o Brasil?
Tenho recebido reclamações a respeito.
Reitero que não. O Brasil tem saída e esta está na saída.
Precisa fazer um esforço para vender mais para fora. Um esforço ainda maior
porque a conjuntura internacional está mal e a Argentina a principal parceira
externa, pior ainda.
Enquanto os empresários privados que querem uma economia
mais liberal, mas continuam esperando que Jair Bolsonaro e Paulo Guedes reanimem
o mercado interno, a economia brasileira seguirá ladeira abaixo.
Querem uma solução desruptiva para reverter a tendência?
Tenho uma: “mais Brasil, menos Brasília”. Mandem metade dos funcionários
públicos que trabalham e gastam em Brasília, para os Estados e Municipios, para
gastarem os seus rendimentos por lá.
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