sexta-feira, 16 de agosto de 2019

Pessimismo


Se for acreditar nas projeções de Paulo Guedes e sua equipe, daqui a pouco faltarão trabalhadores para os milhões de empregos que serão gerados pela Reforma da Previdência, com a mini-reforma trabalhista e depois com as demais reformas estruturais.
Os 3 milhões de empregos que estão sendo prometidos com a flexibilização do trabalho, nos domingos, serão permanentes ou temporários? Ou intermitentes?
O carnaval do Rio de Janeiro, gera a cada ano, mais de 1 milhão de postos de trabalho, no Brasil, fora o que gera na China. Para tudo terminar na quarta-feira.
Se somar o Carnaval da Bahia, do Recife e agora o de São Paulo, devem criar mais de 3 milhões de “empregos”. Atualmente com duração um pouco maior, mas não muito além da quarta-feira de cinzas. A ilusão da criação de empregos por grandes eventos é “um sonho de carnaval”.
Estaria eu sendo pessimista e não vejo saída para o Brasil? Tenho recebido reclamações a respeito.
Reitero que não. O Brasil tem saída e esta está na saída. Precisa fazer um esforço para vender mais para fora. Um esforço ainda maior porque a conjuntura internacional está mal e a Argentina a principal parceira externa, pior ainda.
Enquanto os empresários privados que querem uma economia mais liberal, mas continuam esperando que Jair Bolsonaro e Paulo Guedes reanimem o mercado interno, a economia brasileira seguirá ladeira abaixo.
Querem uma solução desruptiva para reverter a tendência? Tenho uma: “mais Brasil, menos Brasília”. Mandem metade dos funcionários públicos que trabalham e gastam em Brasília, para os Estados e Municipios, para gastarem os seus rendimentos por lá.

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