De qualquer forma é uma ação de alto risco, com grande probabilidade de ser impedida pelo Senado Federal.
É percebida nos meios políticos como mais um ato despropositado do Presidente que, por ter sido eleito com 58 milhões de votos quer impor a sua vontade soberana, determinando ao Senado que homologue a sua decisão.
Mas Jair Bolsonaro não tem no Senado Federal uma base de apoio fiel, suficiente para aprovar o nome de Eduardo Bolsonaro, para Embaixador.
O Senado não quer aceitar ser submisso e ser apenas um "carimbador" de decisões seja do Executivo, como da Câmara dos Deputados.
Somando os eleitos pelo PSL e os adeptos e aderentes de outros partidos, que estão nas bancadas de apoio, quando muito chegaria a 1/3, o que é insuficiente.
O partido de maior representação ainda é o MDB, que apesar a forte desidratação, ainda mantém um time de caciques remanescentes como Renan Calheiros, Jader Barbalho, Eduardo Braga e Fernando Coelho. Este último foi cooptado pelo Governo, para ser o seu líder.
O domínio continua sendo do centrão.
Para cooptar o centrão, terá que retomar o "toma lá, dá cá".
Diferentemente da Câmara, onde a negociação seria em água mais profundas, envolvendo emendas parlamentares e cargos de 3º e 4º escalão, o Senado quer os cargos de 1º e 2º escalão, como Ministros, Secretários Nacionais e Presidentes de estatais.
O que tem alta visibilidade.
Para aprovar a indicação de Eduardo Bolsonaro à Embaixada em Washington, valerá a pena romper a promessa de não aceitar o "presidencialismo de cooptação"?
JH
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