A mais recente pesquisa do IBOPE, para identificar as preferências, momentâneas, dos eleitores paulistas, mostra que não existe qualquer consistência ideológica desse eleitorado. Supostamente o mais educado e consciente.
No cenário com Lula, ele teria 20% das preferências. Somadas as intenções a favor de Ciro Gomes, Manuela D'Avila e Guilherme Boulos, a esquerda teria a preferência de 25%. Desconsiderando 18% de votos nulos ou brancos e 4% dos que não sabem ou não responderam, a esquerda teria 32% da preferência dos votos válidos. Se considerada Marina Silva, como do campo da esquerda, esse somaria 34% sobre o total. O terço do eleitorado é considerado tradicionalmente como sendo de esquerda.
Quando Lula não é citado, substituido por Fernando Haddad, a soma da esquerda, contando com Marina Silva, cai para 20% e as intenções de votos válidas para 67%. Pode-se supor que sem Lula, a esquerda mantém o seu eleitorado, com parte declarando voto nulo ou branco, esperando melhor definição.
É a interpretação favorável à esquerda. A outra é que a soma dos candidatos claramente à esquerda não chega a 10% e que tanto Lula, como Marina Silva, tem imagem e discurso que agrada a cerca de 1/4 do eleitorado.
Sem Lula, o eleitorado que o prefere, se dispersa entre diversos candidatos, sem consistência ideológica. Marina Silva ganharia 2 pontos, tanto quando Jair Bolsonaro.
As imagens e discursos de Lula e Marina Silva, para esse suposto eleitorado de esquerda não são os mesmos. Marina Silva não é herdeira dos votos a favor de Lula, tampouco Fernando Haddad. A principal herança vai para brancos e nulos.
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