segunda-feira, 25 de julho de 2016

Retomada da economia

Os agentes econômicos e seus arautos já comemoram uma suposta recuperação da economia brasileira a partir de alguns eventos positivos na política brasileira. As derrotas de Eduardo Cunha e a perspectiva, cada vez mais forte, de que Dilma "nunca mais", estaria restabelecendo a confiança.


A expectativa é que os agentes econômicos privados façam a economia andar de novo investindo e produzindo.

O restabelecimento da confiança é importante, mas precisa alcançar o cerne do problema: o enfraquecimento do consumo familiar. 

A economia só se recuperará - de forma estável e consolidada  - quando o "povo voltar a comprar". 

O povo compra produtos. Não compra PIB, tampouco a economia brasileira. O comerciante não coloca na gôndola o PIB. Tampouco compra o PIB dos industriais e agricultores. E esses não produzem PIB. Mas apenas os seus produtos. Que no conjunto vão compor o PIB. Mas ele quer saber se o seu produto será comprado. Não um misterioso PIB. Ou da tal economia brasileira que irá cair 3%, um pouco mais ou um pouco menos e vai subir 2% em 2007. 

Ninguém viu esse tal de PIB ou a tal de economia brasileira, tampouco a escada em que estão subindo ou descendo. 

A vida real está em comprar mais ou menos. Está em se endividar para comprar mais ou não. 

Será que as pessoas vão comprar mais só porque Eduardo Cunha renunciou do cargo de Presidente da Câmara e se mudou para um apartamento funcional? Esse é o fato concreto. O resto são ilações.

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