O Brasil pode aproveitar uma oportunidade histórica e alcançar definitivamente a condição de país desenvolvido, ou seguir uma trajetória lenta, com idas e vindas, de país emergente..
A oportunidade está conjugação de fatores favoráveis que tem propiciado um crescimento contínuo - com pequenas variações - da sua produção agropecuária acima do paralelo 16 e o escoamento pelos portos do norte, apesar das deficiências logísticas.
Para garantir o escoamento das safras a solução logistica poderá ser de ferrovias fechadas, com ligações ponta-a-ponta ou um sistema logístico integrado, associado à ocupação territorial urbana, à geração de emprego e multiplicação da renda.
O Brasil tornou a região sudeste numa economia desenvolvida, mas mantém uma grande parte do seu território, em condições de subdesenvolvimento, com uma grande população vivendo em condições de pobreza e à margem do mercado de consumo.
A incorporação desse contingente no mercado será a condição para a transformação dessa região numa economia emergente e levar o país, como um todo, à condição de desenvolvido.
A agricultura de exportação, baseada em escala de produção e incorporação de alta tecnologia, é pouco empregadora direta do trabalho humano.
Mas poderá ser grande empregadora indireta através do adensamento regional da cadeia produtiva.
A ocupação urbana
A produção agropecuária é feita de forma extensiva na área rural, mas precisa de apoio comercial e de serviços que dá base à formação de cidades.
Essas cidades podem evoluir para abrigar produção industrial, assim como serviços e comércio de padrões mais elevados.
Esse processo de urbanização associado à agropecuária pode ocorrer, por decisões pontuais de empreendedores, evoluindo de forma gradativa.
Pode ser planejado, seja por iniciativa do Estado, ou pela associação de in tresses empresariais privados.
Esse planejamento pode buscar a ordenação do processo gradual, como promover uma "ruptura", envolvendo um modelo de mais concentrado e de criação de novas cidades, planejadas do zero (greenfield).
Impacto sobre o emprego
Uma redmãe regional de p~so equenas cidades de apoio à agropecuária tende a ser uma rede restrita de comércio e serviços "da mão para a boca" ou primeiro atedimento, cada qual de pequena escala. Serão formadas por pequenas lojas de ferramentas, pequenas farmácias, pequenas oficinas de reparos. A eventual industrialização será artesanal e de pequeno porte.
Embora gere um contingente de micro e pequenos empresários, alguns até médios, tem a sua evolução limitada pelos concorrentes de maior porte, situadas em cidades maiores, algumas fora da região.
As compras fora da região significam um desvio de recuros que não se fixam e se multiplicam regionalmente.
As cidades de apoio precisam ganhar escala para que as atividades nelas instaladas possam concorrer concorrer s as instaladas em outras regiões.
Elas precisam ser planejadas, implantadas e desenvolvidas partir de escalas mínimas que garanta a sua competitividade.
Por razões logísticas, as cidades maiores deverão estar em entroncamentos logísticos.
Ver o que não é mostrado - Enxergar o que está mostrado Ler o que não está escrito Ouvir o que não é dito - Entender o que está escrito ou dito
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
4ª Revolução Industrial e Trabalho Humano
Os avanços tecnológicos abrangidos pela 4ª Revolução Industrial são desenvolvidos pela elite mundial para ela mesma. Mudam a sua forma de viver, geram comodidades, reduzem custos relativos, mas são - em geral - caros e inacessíveis para a maioria da população mundial.
São avanços na ponta ou no cume que não chegam à base. Mas são apresentados ou "vendidos" como mudanças que afetam todo o mundo.
Tem um mercado restrito, com impacto reduzido sobre o conjunto total do mercado de trabalho. Na maioria das atividades produtivas o trabalho humano continua sendo mais barato do que o trabalho tecnológico.
O custo maior não é impeditivo para a elite que busca a modernidade a qualquer custo. Está disposta a pagar mais. Não é o que ocorre com a maioria da população, para a qual o preço é o principal fator de decisão da compra.
A vantagem tecnológica está na produção em massa, em grande escala, próprio para a produção e processamento de commodities. Mas menos vantajosa e aplicável em atividades em unidades de menor escala.
A produção em escala precisa ser mundial, mas ainda não resolveu satisfatoriamente o problema dos custos logísticos. O que mantém a competividade da produção local para o consumo local.
A vantagem do trabalho humano está no seu custo, o que gera um dilema. Se a remuneração melhorar o trabalhador corre o risco de ser substituído pela máquina ou pela tecnologia.
O principal objetivo das novas tecnologias não deveria ser a suposta redução dos custos pela substituição do trabalho humano. A tecnologia deve ter como principais objetivos, tornar o trabalho humano menos penoso e ajudá-lo a obter maior produtividade.
São avanços na ponta ou no cume que não chegam à base. Mas são apresentados ou "vendidos" como mudanças que afetam todo o mundo.
Tem um mercado restrito, com impacto reduzido sobre o conjunto total do mercado de trabalho. Na maioria das atividades produtivas o trabalho humano continua sendo mais barato do que o trabalho tecnológico.
O custo maior não é impeditivo para a elite que busca a modernidade a qualquer custo. Está disposta a pagar mais. Não é o que ocorre com a maioria da população, para a qual o preço é o principal fator de decisão da compra.
A vantagem tecnológica está na produção em massa, em grande escala, próprio para a produção e processamento de commodities. Mas menos vantajosa e aplicável em atividades em unidades de menor escala.
A produção em escala precisa ser mundial, mas ainda não resolveu satisfatoriamente o problema dos custos logísticos. O que mantém a competividade da produção local para o consumo local.
A vantagem do trabalho humano está no seu custo, o que gera um dilema. Se a remuneração melhorar o trabalhador corre o risco de ser substituído pela máquina ou pela tecnologia.
O principal objetivo das novas tecnologias não deveria ser a suposta redução dos custos pela substituição do trabalho humano. A tecnologia deve ter como principais objetivos, tornar o trabalho humano menos penoso e ajudá-lo a obter maior produtividade.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
O Brasil tem Norte
O principal motor de crescimento econômico brasileiro está no norte do país.
Para efeito de análise pode se estabelecer uma linha divisória pelo paralelo 16.
É nessa região onde vem se originando os fatores mais dinâmicos do Brasil: a produção econômica e a demografia.
A taxa de crescimento demográfico nos estados ao norte é maior que a do sul. As taxas de crescimento da produção agropecuária são superiores ao do sul.
Essa dinâmica desigual é mascarada pela evolução regional da indústria e dos serviços, uma vez que a "riqueza" gerada acima do paralelo 16 é carreada para baixo do paralelo.
Para efeito de análise pode se estabelecer uma linha divisória pelo paralelo 16.
É nessa região onde vem se originando os fatores mais dinâmicos do Brasil: a produção econômica e a demografia.
A taxa de crescimento demográfico nos estados ao norte é maior que a do sul. As taxas de crescimento da produção agropecuária são superiores ao do sul.
Essa dinâmica desigual é mascarada pela evolução regional da indústria e dos serviços, uma vez que a "riqueza" gerada acima do paralelo 16 é carreada para baixo do paralelo.
quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018
Brasil Desenvolvido
O BNDES está apresentando para discussão pública a sua proposta Visão 2035 - Brasil Desenvolvido.
O Brasil é ainda um país emergente e não aceito mundialmente como desenvolvido, porque apesar de ter uma região altamente industrializada e desenvolvida, abaixo do paralelo 16, isto é, no sudeste e sul do país, tem ainda uma ampla área subdesenvolvida.
O Brasil só se tornará um país desenvolvido quando transformar essa área subdesenvolvida em emergente.
O grande desafio do Brasil até 2035 não está na sua política fiscal - embora seja fundamental -, mas medidas macroeconométricas, mas em promover o desenvolvimento dessa região, mediante ação privada.
Não poderá ser como ocorreu no século passado, em que o desenvolvimento da região sul-sudeste foi comandado e financiado pelo Estado.
A nova fase de desenvolvimento terá que ser eminentemente privada. Mas não poderá prescindir da ativa participação do BNDES.
O Brasil é ainda um país emergente e não aceito mundialmente como desenvolvido, porque apesar de ter uma região altamente industrializada e desenvolvida, abaixo do paralelo 16, isto é, no sudeste e sul do país, tem ainda uma ampla área subdesenvolvida.
O Brasil só se tornará um país desenvolvido quando transformar essa área subdesenvolvida em emergente.
O grande desafio do Brasil até 2035 não está na sua política fiscal - embora seja fundamental -, mas medidas macroeconométricas, mas em promover o desenvolvimento dessa região, mediante ação privada.
Não poderá ser como ocorreu no século passado, em que o desenvolvimento da região sul-sudeste foi comandado e financiado pelo Estado.
A nova fase de desenvolvimento terá que ser eminentemente privada. Mas não poderá prescindir da ativa participação do BNDES.
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018
Agornegócio e indústria
Agronegócio é muito mais que agropecuária. Essa é base - hoje com grande capacidade produtiva e motor da economia brasileira.
A importância do agronegócio está na sua cadeia produtiva, dentro da qual a indústria tem participação relevante. Igual ou até superior que a produção das matérias primas.
A grande agropecuária brasileira é altamente avançada tecnologicamente e é a principal demandante da indústria 4.0. O trator autônomo já é realidade, operando em fazendas brasileiras.
O confronto entre a agricultura e indústria é falso. Não há porque permanecer na contraposição de que o Brasil precisa se industrializar e não ser um produtor de commodities.
O Brasil tem que aproveitar a sua capacidade e competitividade na produção de commodities para transformá-los em produtos processados industrialmente, mantendo a competitividade internacional.
A oportunidade de reindustrialização brasileira está na transformação de suas commodities, incorporando os avanços da Industria 4.0.
As entidades representativas da agropecuária e da indústria precisam se unir para aproveitar a condição já conquistada do Brasil, como celeiro do mundo para tornar o Brasil:
A importância do agronegócio está na sua cadeia produtiva, dentro da qual a indústria tem participação relevante. Igual ou até superior que a produção das matérias primas.
A grande agropecuária brasileira é altamente avançada tecnologicamente e é a principal demandante da indústria 4.0. O trator autônomo já é realidade, operando em fazendas brasileiras.
O confronto entre a agricultura e indústria é falso. Não há porque permanecer na contraposição de que o Brasil precisa se industrializar e não ser um produtor de commodities.
O Brasil tem que aproveitar a sua capacidade e competitividade na produção de commodities para transformá-los em produtos processados industrialmente, mantendo a competitividade internacional.
A oportunidade de reindustrialização brasileira está na transformação de suas commodities, incorporando os avanços da Industria 4.0.
As entidades representativas da agropecuária e da indústria precisam se unir para aproveitar a condição já conquistada do Brasil, como celeiro do mundo para tornar o Brasil:
- alimentador do mundo;
- maior supridor de combustíveis de fontes renováveis;
- maior supridor de fibras naturais.
terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
Lulismo (6) - petismo sem lulismo
O PT conta atualmente com três facções: uma ideológica, outra corporativo-sindical e o lulismo.
A facção ideológica é formada por adeptos mais ilustrados, em geral de maior renda, com posições baseadas em teorias. São anticapitalistas e defendem a igualdade social. São contra as discriminações sociais.
A facção corporativo-sindical representa uma classe profissional ou categoria de empregados. Os representantes (deputados eleitos) ou militantes defendem os direitos conquistados, mesmo encontrando resistência da sociedade, inclusive da facção ideológica.
O lulismo é personificado por Lula e não tem base teórica.
Não é anticapitalista. Quer que os pobres também se integrem no sistema econômico. Que possam usufruir dos benefícios do que produz.
O lulismo é ascensão social. Não apenas como proposta, mas como exemplo de vida.
O lulismo elege, como elegeu dois Presidentes da República e ainda promoveu a reeleição dos mesmos.
O lulismo é que dá sustentação ao PT para ser um partido de esquerda diferenciado dos demais. Tem uma capacidade de sedução e de mobilização do povo, que os demais não tem.
Sem Lula, ainda resta ao PT o lulismo. Mas que irá se esvanecer sem um herdeiro à altura. Um herdeiro que tenha a mesma trajetória de vida.
O PT não conta com esse herdeiro e se não o encontrar a tempo, vai seguir ladeira abaixo, como já ocorreu em 2016.
A facção ideológica é formada por adeptos mais ilustrados, em geral de maior renda, com posições baseadas em teorias. São anticapitalistas e defendem a igualdade social. São contra as discriminações sociais.
A facção corporativo-sindical representa uma classe profissional ou categoria de empregados. Os representantes (deputados eleitos) ou militantes defendem os direitos conquistados, mesmo encontrando resistência da sociedade, inclusive da facção ideológica.
O lulismo é personificado por Lula e não tem base teórica.
Não é anticapitalista. Quer que os pobres também se integrem no sistema econômico. Que possam usufruir dos benefícios do que produz.
O lulismo é ascensão social. Não apenas como proposta, mas como exemplo de vida.
O lulismo elege, como elegeu dois Presidentes da República e ainda promoveu a reeleição dos mesmos.
O lulismo é que dá sustentação ao PT para ser um partido de esquerda diferenciado dos demais. Tem uma capacidade de sedução e de mobilização do povo, que os demais não tem.
Sem Lula, ainda resta ao PT o lulismo. Mas que irá se esvanecer sem um herdeiro à altura. Um herdeiro que tenha a mesma trajetória de vida.
O PT não conta com esse herdeiro e se não o encontrar a tempo, vai seguir ladeira abaixo, como já ocorreu em 2016.
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018
Lulismo (5) -enigma desvendado
A resposta ao enigma Lula está na própria vida do personagem, com um ascensão social, aparentemente surpreendente e incrível.
Um menino retirante da seca do Nordeste, acompanhando sua mãe abandonada pelo marido, que não completou a educação básica, vai ascendendo na vida, alcançando o posto mais importante da nação: o de Presidente da República. É reeleito, considerado por alguns como o melhor Presidente da História Brasileira e ainda o principal líder político, com potencial de voltar ao cargo, sufragado pelo povo.
O seu projeto de nação é dar a todos oportunidade e condições para que possa repetir igual trajetória.
Lulismo é ascensão social e se confunde com a sua vida pessoal.
Esse é o motivo principal - talvez o único - que gera a atração do povo por ele. Ele é aquele que conseguiu o que todo mundo quer. Mesmo saindo de baixo, ou abaixo do baixo.
É um mito vivo. Como mito é construido pelo imaginário popular que só vê o lado claro ou desejável. E rejeita o lado escuro da personagem.
O homem tem o seu lado escuro. O mito não.
Um menino retirante da seca do Nordeste, acompanhando sua mãe abandonada pelo marido, que não completou a educação básica, vai ascendendo na vida, alcançando o posto mais importante da nação: o de Presidente da República. É reeleito, considerado por alguns como o melhor Presidente da História Brasileira e ainda o principal líder político, com potencial de voltar ao cargo, sufragado pelo povo.
O seu projeto de nação é dar a todos oportunidade e condições para que possa repetir igual trajetória.
Lulismo é ascensão social e se confunde com a sua vida pessoal.
Esse é o motivo principal - talvez o único - que gera a atração do povo por ele. Ele é aquele que conseguiu o que todo mundo quer. Mesmo saindo de baixo, ou abaixo do baixo.
É um mito vivo. Como mito é construido pelo imaginário popular que só vê o lado claro ou desejável. E rejeita o lado escuro da personagem.
O homem tem o seu lado escuro. O mito não.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018
É o dinheiro, seu estúpido!
Tem muita gente entusiasmada com possíveis candidaturas nas eleições de 2018. Mas a maioria ou quase todos eles esquecem de perguntar ao seu financeiro, com quanto eles podem contar para a campanha.
A ficha ainda não caiu. Mas vai cair e mudará substancialmente as movimentações das candidaturas. Tanto para o MDB como para o PT (sem Lula) não convém ter candidato próprio para a Presidência. Precisam usar o dinheiro para as eleições de governadores e para manter ou aumentar a bancada. Até mesmo, para assegurar maior participação no fundo eleitoral em 2022.
Mesmo os candidatos a deputados federais que estão animados com um candidato próprio do partido para a Presidência, perceberão que esse candidato irá tirar recursos das campanhas deles.
O DEM, se fizer as contas, não terá candidato próprio. Com 89 milhões, terá que destinar prioritariamente os recursos para o aumento da bancada no Congresso. E terá que acenar com esse montante para atrair deputados atuais de pequenos partidos. Um candidato próprio, reduziria aquela verba para 29 milhões.
O pragmatismo falará mais alto que a ideologia. Essa só prevelecerá nos partidos de esquerda.
A ficha ainda não caiu. Mas vai cair e mudará substancialmente as movimentações das candidaturas. Tanto para o MDB como para o PT (sem Lula) não convém ter candidato próprio para a Presidência. Precisam usar o dinheiro para as eleições de governadores e para manter ou aumentar a bancada. Até mesmo, para assegurar maior participação no fundo eleitoral em 2022.
Mesmo os candidatos a deputados federais que estão animados com um candidato próprio do partido para a Presidência, perceberão que esse candidato irá tirar recursos das campanhas deles.
O DEM, se fizer as contas, não terá candidato próprio. Com 89 milhões, terá que destinar prioritariamente os recursos para o aumento da bancada no Congresso. E terá que acenar com esse montante para atrair deputados atuais de pequenos partidos. Um candidato próprio, reduziria aquela verba para 29 milhões.
O pragmatismo falará mais alto que a ideologia. Essa só prevelecerá nos partidos de esquerda.
quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018
Lulismo (3) - Alternativas dos partidos de esquerda
Para as massas oprimidas que os partidos de esquerda pretendem defender, o mais importante é a oportunidade de ascensão econômica e social. Não é a desigualdade.
Embora seja uma realidade, a preocupação é dos acadêmicos e ideólogos. Não dos "menos iguais".
Eles entendem que para ascender precisa ser com o seu esforço pessoal.
O que eles querem do Estado é oportunidade. Não apenas assistencialismo.
Embora seja uma realidade, a preocupação é dos acadêmicos e ideólogos. Não dos "menos iguais".
Eles entendem que para ascender precisa ser com o seu esforço pessoal.
O que eles querem do Estado é oportunidade. Não apenas assistencialismo.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018
Ano novo
Bom dia meus amigos e amigas
Hoje, pela tradição brasileira começa o ano. E eu começo o meu octagésimo segundo ano, diante de uma realidade.
A agropecuária-florestal brasileira - de base eminentemente privada - é altamente competitiva mundialmente e é a grande alavanca da retomada do crescimento econômico brasileiro. Tornou-se o principal motor da economia brasileira. O Brasil já assegurou o papel de "celeiro do mundo".
Mas não pode se contentar com esse papel. Tem que usar essa base para tornar o seu agronegócio - como um todo - em mundialmente competitivo e tornar-se:
Essa é a proposta de projeto nacional, ou projeto Brasil, que apresento publicamente, neste início efetivo do ano de 2018.
Para reflexão e discussão. E conclamo os meus amigos e amigas. Meus leitores e leitoras. Adeptos e desafetos a difundir e discutir.
Vamos discutir Brasil e não apenas programas de governo de candidatos e medidas macroeconômicas do Estado.
Hoje, pela tradição brasileira começa o ano. E eu começo o meu octagésimo segundo ano, diante de uma realidade.
A agropecuária-florestal brasileira - de base eminentemente privada - é altamente competitiva mundialmente e é a grande alavanca da retomada do crescimento econômico brasileiro. Tornou-se o principal motor da economia brasileira. O Brasil já assegurou o papel de "celeiro do mundo".
Mas não pode se contentar com esse papel. Tem que usar essa base para tornar o seu agronegócio - como um todo - em mundialmente competitivo e tornar-se:
- alimentador do mundo;
- maior supridor mundial de combustíveis de fontes renováveis;
- maior supridor mundial de fibras naturais.
Essa é a proposta de projeto nacional, ou projeto Brasil, que apresento publicamente, neste início efetivo do ano de 2018.
Para reflexão e discussão. E conclamo os meus amigos e amigas. Meus leitores e leitoras. Adeptos e desafetos a difundir e discutir.
Vamos discutir Brasil e não apenas programas de governo de candidatos e medidas macroeconômicas do Estado.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
Lulismo (2)
O mais importante do lulismo não é a percepção teórica, feita pelos cientistas políticos, mas a sua percepção e introjeção no imaginário popular ou pela memória coletiva.
Presente é uma liderança e personalização humana. Fora de cena, por estar preso, morto ou exilado transforma-se em mito. Como candidato recebe os votos deles (lulistas).
Não sendo candidato, ou saindo de cena, o lulismo como concepção e os lulistas, como aderentes da concepção, permanecerão latentes. Para que seja reavivada é necessária o surgimento de uma outra pessoa que encarne a concepção lulista.
Os lulistas não vêem em Dilma, em Haddad ou em qualquer outro a configuração de Lula II. É uma manifestação quase religiosa.
O petismo tem origem no lulismo, mas ampliou o seu campo, ao incorporar teses de esquerda e visões mais amplas, cujos enunciados não são tão absorvidos pelos lulistas. A visão desses é simples ou simplista: ascender na vida, como consumidores.
Em 2018, o lulismo sem Lula será derrotado. Não conseguirá eleger nem um petista em substituição.
Mas isso não significa o fim do lulismo.
Lula deixará de ser a única referência. Se for e ficar preso, fortalecerá o mito.
A emergência de novas lideranças lulistas não ocorrerá de cima para baixo. Não serão os definidos por Lula. Mas surgirão da base e poderão ser ungidos por Lula.
Presente é uma liderança e personalização humana. Fora de cena, por estar preso, morto ou exilado transforma-se em mito. Como candidato recebe os votos deles (lulistas).
Não sendo candidato, ou saindo de cena, o lulismo como concepção e os lulistas, como aderentes da concepção, permanecerão latentes. Para que seja reavivada é necessária o surgimento de uma outra pessoa que encarne a concepção lulista.
Os lulistas não vêem em Dilma, em Haddad ou em qualquer outro a configuração de Lula II. É uma manifestação quase religiosa.
O petismo tem origem no lulismo, mas ampliou o seu campo, ao incorporar teses de esquerda e visões mais amplas, cujos enunciados não são tão absorvidos pelos lulistas. A visão desses é simples ou simplista: ascender na vida, como consumidores.
Em 2018, o lulismo sem Lula será derrotado. Não conseguirá eleger nem um petista em substituição.
Mas isso não significa o fim do lulismo.
Lula deixará de ser a única referência. Se for e ficar preso, fortalecerá o mito.
A emergência de novas lideranças lulistas não ocorrerá de cima para baixo. Não serão os definidos por Lula. Mas surgirão da base e poderão ser ungidos por Lula.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
Lulismo
O lulismo é uma visão de mundo em que o Estado atua para melhorar as condições de vida da população mais pobre, promover as oportunidades de ascensão social e ampliar a capacidade de consumo dos pobres.
Essa visão de Lula tem pontos comuns com o petismo e com a esquerda, mas não são a mesma coisa.
Como Lula iniciou a sua luta pelos seus ideais a partir do movimento sindical operário, foi e continua sendo apoiado pela esquerda.
O nacionalismo do lulismo, contempla esses elementos, mas dá maior importância ao protagonismo do país, no cenário mundial. O lulismo enfatiza a autoestima nacional.
O nacionalismo de Lula é associado ao emprego em território nacional.
Mais ainda, a esquerda o vê como alguém que pelo "lulismo" tem condições de reconquistar o poder e colocar em prática os seus principais propósitos: cobrar mais impostos dos ricos e fortalecer o Estado, para uma promotora do desenvolvimento e dar atenção social aos pobres. A visão da esquerda é "robinhoodiana": tirar dos ricos para dar aos pobres.
O petismo ainda se baseia no movimento dos trabalhadores formais, o que leva à defesa prioritária das conquistas trabalhistas, protegidas pelo Estado. Para eles direitos, para os empregadores e oponentes, privilégios ou encargos.
O lulismo mantém se associado às teses sindicais, mas não é onde tem as suas principais bases eleitorais. A maior parte dos seus eleitores não são trabalhadores formais.
Engrossa as fileiras lulistas, são os que fazem barulho, aparecem para a mídia, mas não são decisivos eleitoralmente.
O lulo-sindicalismo ainda adota a estratégia do medo, da conflagração social, com base em carros de som e discursos inflamados. A adesão espontânea tem sido cada vez menor.
E as ameaças não efetivadas tem mostrado à sociedade que o movimento sindical brasileiro - atualmente - é um cão que ladra muito e alto, mas não morde.
O lulo-sindicalismo não representa os interesses dos trabalhadores por conta própria, formais e informais. Esses estão abertos para novas lideranças, que conseguirem catalizar os seus interesses.
Seguramente não sairá das hostes petistas, tampouco das lideranças sindicais atuais.
Essa visão de Lula tem pontos comuns com o petismo e com a esquerda, mas não são a mesma coisa.
Como Lula iniciou a sua luta pelos seus ideais a partir do movimento sindical operário, foi e continua sendo apoiado pela esquerda.
O nacionalismo do lulismo, contempla esses elementos, mas dá maior importância ao protagonismo do país, no cenário mundial. O lulismo enfatiza a autoestima nacional.
O nacionalismo de Lula é associado ao emprego em território nacional.
Mais ainda, a esquerda o vê como alguém que pelo "lulismo" tem condições de reconquistar o poder e colocar em prática os seus principais propósitos: cobrar mais impostos dos ricos e fortalecer o Estado, para uma promotora do desenvolvimento e dar atenção social aos pobres. A visão da esquerda é "robinhoodiana": tirar dos ricos para dar aos pobres.
O petismo ainda se baseia no movimento dos trabalhadores formais, o que leva à defesa prioritária das conquistas trabalhistas, protegidas pelo Estado. Para eles direitos, para os empregadores e oponentes, privilégios ou encargos.
O lulismo mantém se associado às teses sindicais, mas não é onde tem as suas principais bases eleitorais. A maior parte dos seus eleitores não são trabalhadores formais.
Engrossa as fileiras lulistas, são os que fazem barulho, aparecem para a mídia, mas não são decisivos eleitoralmente.
O lulo-sindicalismo ainda adota a estratégia do medo, da conflagração social, com base em carros de som e discursos inflamados. A adesão espontânea tem sido cada vez menor.
E as ameaças não efetivadas tem mostrado à sociedade que o movimento sindical brasileiro - atualmente - é um cão que ladra muito e alto, mas não morde.
O lulo-sindicalismo não representa os interesses dos trabalhadores por conta própria, formais e informais. Esses estão abertos para novas lideranças, que conseguirem catalizar os seus interesses.
Seguramente não sairá das hostes petistas, tampouco das lideranças sindicais atuais.
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018
A quarta revolução industrial é uma falácia (2)
A 4ª Revolução Industrial é uma tentativa da indústria manter a sua importância, mas as principais mudanças no mercado não são as tecnologias que ela alardeia, mas o domínio crescente dos serviços. E a transferência do poder do mercado para o setor terciário e para o consumidor.
Um dos casos mais emblemáticos é o setor de vestuário e calçados, onde a indústria não "empurra" o mercado, mas é "puxado" pelo setor comercial e de marca. O comando da cadeia produtiva está passando para o varejo.
A indústria tem que ir a reboque da líder da cadeia produtiva (ou de valor). O maior valor agregado e pago pelo consumidor não está no material ou na produção industrial, mas na marca. Para a valorização desta, a investe pesadamente no marketing. Que não se limita à publicidade, mas envolve - principalmente - o patrocínio de esportistas talentosos, cultuados pelo mercado.
A 4ª Revolução Industrial é uma tentativa dos países - ditos centrais - de recuperar a produção industrial de vestuário e calçados, para os seus territórios. Em alguns casos pode conseguir, mas não há recuperação do emprego emprego.
A 4ª Revolução Industrial não é uma revolução mundial, embora vá afetar diversas partes do mundo. É uma revolução dos paises desenvolvidos que se desindustrializaram e buscam pela tecnologia se reindustrializar.
Porém o "resto do mundo" resiste, preferindo manter o trabalho humano, mesmo mal remunerado.
Um dos casos mais emblemáticos é o setor de vestuário e calçados, onde a indústria não "empurra" o mercado, mas é "puxado" pelo setor comercial e de marca. O comando da cadeia produtiva está passando para o varejo.
A indústria tem que ir a reboque da líder da cadeia produtiva (ou de valor). O maior valor agregado e pago pelo consumidor não está no material ou na produção industrial, mas na marca. Para a valorização desta, a investe pesadamente no marketing. Que não se limita à publicidade, mas envolve - principalmente - o patrocínio de esportistas talentosos, cultuados pelo mercado.
A 4ª Revolução Industrial é uma tentativa dos países - ditos centrais - de recuperar a produção industrial de vestuário e calçados, para os seus territórios. Em alguns casos pode conseguir, mas não há recuperação do emprego emprego.
A 4ª Revolução Industrial não é uma revolução mundial, embora vá afetar diversas partes do mundo. É uma revolução dos paises desenvolvidos que se desindustrializaram e buscam pela tecnologia se reindustrializar.
Porém o "resto do mundo" resiste, preferindo manter o trabalho humano, mesmo mal remunerado.
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018
A quarta revolução industrial é uma falácia
A dita 4ª Revolução Industrial, amplamente alardeada em todo o mundo, não é industrial, tampouco a quarta.
Na evolução da indústria (no sentido estrito) mundial, um marco importante foi a associação fordista-taylorista, com a produção em massa e o estabelecimento da linha de produção, incorporada ao imaginário popular por Charles Chaplin. Para alguns determina a 2ª Revolução Industrial. E se sustenta ainda hoje. Incorporando todos os avanços da tecnologia da informação ao conceito básico.
Um elemento negligenciado dessa revolução é uma famosa frase de Henry Ford: "você pode comprar qualquer carro desde que seja um T29, preto". Ou seja, você compra o que eu produzo, não o que você quer. Ou mais, o que você quer não existe: porque eu não o produzo.
Embora esse conceito ainda remanesça entre muitos industriais, a revolução ocorreu nos fins dos anos setenta e emergiu nos anos oitenta com o "toyotismo". Foram várias alterações substanciais, iniciadas em diversos países, mas consolidado pela Toyota que emergiu como uma das maiores montadoras de automóvel, com o seu carro vencedor: o Corolla.
Duas alterações conjugadas foram as mais importantes: o conceito do "on demand", ou seja, sob demanda, a pedido e a redução do tempo entre a concepção e a colocação do carro no mercado.
O automóvel tinha que ser produzido em massa, com economia dos custos fixos, de forma padronizada. A produção "sob medida" (ou taylor made) era improdutiva e cara. Tinham que ser produtos artesanais.
A Toyota buscou soluções para a compatibilização entre a produção em massa e a personalização. Foi apenas o início, desenvolvido - posteriormente - pela demais montadoras, com a automação industrial, gerando a possibilidade de lançamento de inúmeros tipos e marcas de carros, produzidos em massa, mas com diferenciações. O carro personalizado, desejado pelo comprador, sai direto da linha de produção.
Só foi possível graças à automação industrial, o uso intenso de tecnologia e máquinas. Promoveu uma ampla substituição do trabalho humano pela máquina. Mas a expansão da atividade gerou mais empregos do que as perdas. Com novas qualificações, com novas funções, mas com amplo uso do trabalho humano.
A grande transformação não foi a substituição total do trabalho humano, mas a conjugação homem-máquina. Dai a necessidade de qualificação. O que é diferente de "reciclagem" que é a capacitação do trabalhador para outras funções muito diferentes daquelas do trabalho extinto.
A atividade industrial pode ser desdobada em três grandes categorias: a da transformação, a da "montagem" e a da manufatura.
A primeira envolve - principalmente - a transformação de um bem natural (uma matéria prima) num insumo da cadeia produtiva industrial. Pode ocorrer por processos químicos que transformam a estrutura molecular e geram novos produtos, como por processos físicos que transformam a sua forma.
Os mais conhecidos são a transformação alimentar, como o da cana de açúcar transformada em açúcar ou etanol, o da siderurgia que associa ferro e carvão, para transformação em aço, ou do refino de petróleo, gerando gasolina, óleo diesel e outros. Inclusiva a nafta que vai servir para novas transformações na petroquímica.
Essa indústria envolve inovações tecnológicas constantes, para melhor ou maior utilização das matérias primas (como o caso do etanol de 2ª geração, com a transformação do bagaço da cana) e a automação industrial para automatizar mecânicamente os processos de transformação. Com redução e até extinção - em alguns casos - do trabalho humano.
A segunda categoria é da produção industrial por sucessivas agregações de elementos ou partes, para montar um produto final, previamente projetado. O mais notório é o automóvel, mas envolve produtos com pequenos volumes de partes, como a fabricação de moveis, ao avião. Este envolve milhares de partes.
Dentro dessa categoria emergiram os aparelhos com elevado conteúdo de tecnologia da informação. Embora sejam um produto de montagem, o mais importante é o chip que recebe, processa e transmite informações. São o caso dos computadores - sejam os pessoais ou de grande porte - como os smartphones e demais equipamentos de telefonia.
Nessa categoria a automação industrial domina grande parte do processo produtivo, mas não dispensa o trabalho humano em diversas das suas fases, mas principalmente nas finais.
Uma terceira categoria de produção industrial é da transformação do insumo industrial (ou da própria matéria prima) em formato desejado pelo consumidor. Baseado no formato desenhado ou "mentalizado". É o caso típico da atividade de vestuário que envolve desde grandes produções industriais em massa, como a manufatura artesanal. É ainda a atividade industrial que mais emprega o trabalho humano.
Na evolução da indústria (no sentido estrito) mundial, um marco importante foi a associação fordista-taylorista, com a produção em massa e o estabelecimento da linha de produção, incorporada ao imaginário popular por Charles Chaplin. Para alguns determina a 2ª Revolução Industrial. E se sustenta ainda hoje. Incorporando todos os avanços da tecnologia da informação ao conceito básico.
Um elemento negligenciado dessa revolução é uma famosa frase de Henry Ford: "você pode comprar qualquer carro desde que seja um T29, preto". Ou seja, você compra o que eu produzo, não o que você quer. Ou mais, o que você quer não existe: porque eu não o produzo.
Embora esse conceito ainda remanesça entre muitos industriais, a revolução ocorreu nos fins dos anos setenta e emergiu nos anos oitenta com o "toyotismo". Foram várias alterações substanciais, iniciadas em diversos países, mas consolidado pela Toyota que emergiu como uma das maiores montadoras de automóvel, com o seu carro vencedor: o Corolla.
Duas alterações conjugadas foram as mais importantes: o conceito do "on demand", ou seja, sob demanda, a pedido e a redução do tempo entre a concepção e a colocação do carro no mercado.
O automóvel tinha que ser produzido em massa, com economia dos custos fixos, de forma padronizada. A produção "sob medida" (ou taylor made) era improdutiva e cara. Tinham que ser produtos artesanais.
A Toyota buscou soluções para a compatibilização entre a produção em massa e a personalização. Foi apenas o início, desenvolvido - posteriormente - pela demais montadoras, com a automação industrial, gerando a possibilidade de lançamento de inúmeros tipos e marcas de carros, produzidos em massa, mas com diferenciações. O carro personalizado, desejado pelo comprador, sai direto da linha de produção.
Só foi possível graças à automação industrial, o uso intenso de tecnologia e máquinas. Promoveu uma ampla substituição do trabalho humano pela máquina. Mas a expansão da atividade gerou mais empregos do que as perdas. Com novas qualificações, com novas funções, mas com amplo uso do trabalho humano.
A grande transformação não foi a substituição total do trabalho humano, mas a conjugação homem-máquina. Dai a necessidade de qualificação. O que é diferente de "reciclagem" que é a capacitação do trabalhador para outras funções muito diferentes daquelas do trabalho extinto.
A atividade industrial pode ser desdobada em três grandes categorias: a da transformação, a da "montagem" e a da manufatura.
A primeira envolve - principalmente - a transformação de um bem natural (uma matéria prima) num insumo da cadeia produtiva industrial. Pode ocorrer por processos químicos que transformam a estrutura molecular e geram novos produtos, como por processos físicos que transformam a sua forma.
Os mais conhecidos são a transformação alimentar, como o da cana de açúcar transformada em açúcar ou etanol, o da siderurgia que associa ferro e carvão, para transformação em aço, ou do refino de petróleo, gerando gasolina, óleo diesel e outros. Inclusiva a nafta que vai servir para novas transformações na petroquímica.
Essa indústria envolve inovações tecnológicas constantes, para melhor ou maior utilização das matérias primas (como o caso do etanol de 2ª geração, com a transformação do bagaço da cana) e a automação industrial para automatizar mecânicamente os processos de transformação. Com redução e até extinção - em alguns casos - do trabalho humano.
A segunda categoria é da produção industrial por sucessivas agregações de elementos ou partes, para montar um produto final, previamente projetado. O mais notório é o automóvel, mas envolve produtos com pequenos volumes de partes, como a fabricação de moveis, ao avião. Este envolve milhares de partes.
Dentro dessa categoria emergiram os aparelhos com elevado conteúdo de tecnologia da informação. Embora sejam um produto de montagem, o mais importante é o chip que recebe, processa e transmite informações. São o caso dos computadores - sejam os pessoais ou de grande porte - como os smartphones e demais equipamentos de telefonia.
Nessa categoria a automação industrial domina grande parte do processo produtivo, mas não dispensa o trabalho humano em diversas das suas fases, mas principalmente nas finais.
Uma terceira categoria de produção industrial é da transformação do insumo industrial (ou da própria matéria prima) em formato desejado pelo consumidor. Baseado no formato desenhado ou "mentalizado". É o caso típico da atividade de vestuário que envolve desde grandes produções industriais em massa, como a manufatura artesanal. É ainda a atividade industrial que mais emprega o trabalho humano.
terça-feira, 6 de fevereiro de 2018
Revolução Industrial: para quem e para que?
Os avanços tecnológicos abrangidos pela 4ª Revolução Industrial são desenvolvidos pela elite mundial para ela mesma. Mudam a sua forma de viver, geram comodidades, reduzem custos relativos, mas são - em geral - caros e inacessíveis para a maioria da população mundial.
O custo maior não é impeditivo para a elite que busca a modernidade a qualquer custo. Está disposta a pagar mais. Não é o que ocorre com a maioria da população, para a qual o preço é o principal fator de decisão da compra.
A vantagem do trabalho humano está no seu custo, o que gera um dilema. Se a remuneração melhorar o trabalhador corre o risco de ser substituído pela máquina ou pela tecnologia.
O principal objetivo das novas tecnologias não deveria ser a suposta redução dos custos pela substituição do trabalho humano. A tecnologia deve ter como principais objetivos, tornar o trabalho humano menos penoso e ajudá-lo a obter maior produtividade.
O custo maior não é impeditivo para a elite que busca a modernidade a qualquer custo. Está disposta a pagar mais. Não é o que ocorre com a maioria da população, para a qual o preço é o principal fator de decisão da compra.
A vantagem do trabalho humano está no seu custo, o que gera um dilema. Se a remuneração melhorar o trabalhador corre o risco de ser substituído pela máquina ou pela tecnologia.
O principal objetivo das novas tecnologias não deveria ser a suposta redução dos custos pela substituição do trabalho humano. A tecnologia deve ter como principais objetivos, tornar o trabalho humano menos penoso e ajudá-lo a obter maior produtividade.
segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Cenários dos próximos passos (9) - Lulismo
Mesmo com a eventual retirada da candidatura Lula, restará o "lulismo", como uma base eleitoral, que muitos políticos tentarão se apropriar.
Lula não tem nenhum herdeiro pessoal, alguém que encarne o lulismo. Entendendo que esse se diferencia do petismo.
A base do lulismo é a melhoria de vida dos trabalhadores, dos mais pobres, propiciando a eles maior acesso ao mercado de consumo.
Temos reiterado que Lula não é comunista, mas consumista.
Foi aumentando as despesas públicas, contando sempre com o aumento de impostos para que os ricos pagassem a conta.
O impasse da luta de classes ocorre atualmente, porque os de maior renda não querem pagar mais impostos. Principalmente porque os mais atingidos são da classe média. Os de maior renda querem que o Estado reduza as suas despesas correntes. E não aumente os impostos. E essa é a contraposição ao lulismo.
O foco do lulismo não é a desigualdade econômica e social. O objetivo é promover a ascensão econômica dos pobres para poderem consumir mais. E cobrar de "quem tem".
Lula não tem nenhum herdeiro pessoal, alguém que encarne o lulismo. Entendendo que esse se diferencia do petismo.
A base do lulismo é a melhoria de vida dos trabalhadores, dos mais pobres, propiciando a eles maior acesso ao mercado de consumo.
Temos reiterado que Lula não é comunista, mas consumista.
Foi aumentando as despesas públicas, contando sempre com o aumento de impostos para que os ricos pagassem a conta.
O impasse da luta de classes ocorre atualmente, porque os de maior renda não querem pagar mais impostos. Principalmente porque os mais atingidos são da classe média. Os de maior renda querem que o Estado reduza as suas despesas correntes. E não aumente os impostos. E essa é a contraposição ao lulismo.
O foco do lulismo não é a desigualdade econômica e social. O objetivo é promover a ascensão econômica dos pobres para poderem consumir mais. E cobrar de "quem tem".
sábado, 3 de fevereiro de 2018
Cenários dos próximos passos (8)
A estratégia de Lula, com apoio do PT de beligerância com a Justiça, na tentativa de mobilizar a sociedade nacional e mundial, só tem repercussão dentro dos seus adeptos. A cada condenação, a cada derrota, os "lulistas" e "petistas" se convencem mais da versão da perseguição política. Mas a adesão não tem ido além.
Em contrapartida vem gerando forte reação da corporação judiciária, formando um ambiente hostil contrário às pretensões e defesa de Lula. Não terá nenhuma simpatia dos juizes.
A ameaça de convulsão social pelo impedimento de um candidato que está à frente nas pesquisas, mesmo depois da ratificação da condenação em Porto Alegre, vem se arrefecendo. A perspectiva mais provável é que as manifestações se limitem a pequenos grupos de ativistas. Sem maiores repercussões.
Diante desse quadro as demais lideranças políticas de esquerda, estão deixando de considerar a alternativa de Lula candidato e estão se lançando candidatos e começando as pré-campanhas.
Lula e o PT estão ficando isolados e a candidatura em processo de degenerescência continuada. Está acometida por uma distrofia política. Essa não sobreviverá até setembro de 2018.
Em contrapartida vem gerando forte reação da corporação judiciária, formando um ambiente hostil contrário às pretensões e defesa de Lula. Não terá nenhuma simpatia dos juizes.
A ameaça de convulsão social pelo impedimento de um candidato que está à frente nas pesquisas, mesmo depois da ratificação da condenação em Porto Alegre, vem se arrefecendo. A perspectiva mais provável é que as manifestações se limitem a pequenos grupos de ativistas. Sem maiores repercussões.
Diante desse quadro as demais lideranças políticas de esquerda, estão deixando de considerar a alternativa de Lula candidato e estão se lançando candidatos e começando as pré-campanhas.
Lula e o PT estão ficando isolados e a candidatura em processo de degenerescência continuada. Está acometida por uma distrofia política. Essa não sobreviverá até setembro de 2018.
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018
Millennials e secularis
Os estudos e projeções da 4ª Revolução Industrial tomam o ano 2030 como marco ou meta. Seria o ano em que as inovações estariam plenamente efetivadas.
E uma das razões seria a afluência no mercado dos chamados millennialis, já em segunda geração.
O segmento que trará maiores alterações, no entanto, deverá ser dos secularis, os atuais da geração x, nascidos a partir dos anos 60, tornando-se idosos em 2030: física, cronológica e legalmente.
Pelo seu maior crescimento que os milenialis representarão um mercado de consumo mais importante.
Será o principal mercado dos carros autônomos? Preferirão ser atendidos por pessoas nos bancos e lojas ou só usarão a internet para as transações bancárias e para as compras on-line?
Os secularis serão os grandes promotores da inovação tecnológica ou serão os refreadores dos avanços? Que poderão ocorrer nos laboratórios mas não serão absorvidos pelo mercado?
E uma das razões seria a afluência no mercado dos chamados millennialis, já em segunda geração.
O segmento que trará maiores alterações, no entanto, deverá ser dos secularis, os atuais da geração x, nascidos a partir dos anos 60, tornando-se idosos em 2030: física, cronológica e legalmente.
Pelo seu maior crescimento que os milenialis representarão um mercado de consumo mais importante.
Será o principal mercado dos carros autônomos? Preferirão ser atendidos por pessoas nos bancos e lojas ou só usarão a internet para as transações bancárias e para as compras on-line?
Os secularis serão os grandes promotores da inovação tecnológica ou serão os refreadores dos avanços? Que poderão ocorrer nos laboratórios mas não serão absorvidos pelo mercado?
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018
Cenários dos próximos passos (7)
A classe média, como contingente eleitoral, é configurada como classe C.
É predominantemente urbana e alguns dos seus integrantes tem possibilidade de pagar planos privados de saúde, assim como a escola privada.
Através dos meios de comunicação passam a ter maior informação e consciência política, o que os leva a ver o interesse público "além de onde a vista alcança", mas fortemente influenciada pelas versões difundidas pela mídia.
Lula ainda mantém muitos votos dentro dessa classe, mas os perdeu em função das revelações de envolvimento com a corrupção.
Não há uma distinção clara entre esquerda e direita, com uma grande confusão entre as dimensões econômicas e culturais (ou dos costumes).
Os cenários indicam uma forte dispersão dos votos, com nenhum dos candidatos conseguindo alcançar 20% dos votos entre o eleitorado dessa classe.
Na classe alta (A e B) há um importante contingente de pessoas que aderem à esquerda por "dever moral". Embora beneficiários reais da desigualdade da renda, se posicionam com um discurso contra essa e a favor da maior justiça social.
Ainda são a favor de Lula, visto como o único que tem condições de promover uma redução da desigualdade.
Mas estará dividida entre os múltiplos candidatos da esquerda, na época das eleições, sem dominância de Lula, como ocorreu em outras épocas.
É predominantemente urbana e alguns dos seus integrantes tem possibilidade de pagar planos privados de saúde, assim como a escola privada.
Através dos meios de comunicação passam a ter maior informação e consciência política, o que os leva a ver o interesse público "além de onde a vista alcança", mas fortemente influenciada pelas versões difundidas pela mídia.
Lula ainda mantém muitos votos dentro dessa classe, mas os perdeu em função das revelações de envolvimento com a corrupção.
Não há uma distinção clara entre esquerda e direita, com uma grande confusão entre as dimensões econômicas e culturais (ou dos costumes).
Os cenários indicam uma forte dispersão dos votos, com nenhum dos candidatos conseguindo alcançar 20% dos votos entre o eleitorado dessa classe.
Na classe alta (A e B) há um importante contingente de pessoas que aderem à esquerda por "dever moral". Embora beneficiários reais da desigualdade da renda, se posicionam com um discurso contra essa e a favor da maior justiça social.
Ainda são a favor de Lula, visto como o único que tem condições de promover uma redução da desigualdade.
Mas estará dividida entre os múltiplos candidatos da esquerda, na época das eleições, sem dominância de Lula, como ocorreu em outras épocas.
Janeiro de 2018
- Cenários dos próximos passos (6)
- Cenários dos próximos passos (5)
- Cenários dos próximos passos (4)
- Cenários dos próximos passos (3)
- Cenários dos próximos passos (2)
- Cenários dos próximos passos (1)
- Publicação do dia 8 de janeiro de 2018
- A estratégia do populismo
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- O grande equívoco da democracia (6)
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