O problema de moradia no Brasil não está sendo resolvido, mesmo com políticas públicas quase centenárias, por equívoco das premissas ou dos paradigmas.
A solução não está na casa própria. Não há possibilidade de universalizar o acesso a moradia adequada, pretendendo que todos tenham a sua casa própria.
E a defesa desse objetivo como utopia, é tão somente um escapismo para não enfrentar a realidade que se mostra de forma trágica, com a implosão de um edifício invadido por "sem tetos".
Não basta anunciar que foi uma "tragédia anunciada". É preciso reconhecer os nossos erros. De toda sociedade.
O segundo grande equívoco é a caracterização de moradia adequada. Essa é definida - predominantemente - pelos arquitetos segundo os padrões da sua classe, ou seja, da class média. É uma visão mais física e estética do que social. Essa visão não quer reconhecer que favela é solução. Não problema.
Déficit habitacional é um parâmetro da indústria da construção. O déficit real que precisa ser vencido é o déficit de moradia.
(cont)
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