segunda-feira, 9 de maio de 2016

Uma diferença essencial

A montagem do Ministério Temer confirma que, nas circunstâncias vigentes, não há possibilidade de mudar o modelo de Governo. Caracterizado como "presidencialismo de coalizão". Um eufemismo para o modelo de loteamento político para atender ao patrimonialismo.
Mudanças efetivas são ocorrerão quando as reformas alcançarem "corações e mentes" dos eleitores. Principalmente os eleitores das regiões e classes mais pobres, 
A composição do Ministério Temer será de um grande loteamento para abrigar as diversas facções políticas. Não são apenas os partidos: é preciso atender o PMDB da Câmara e também o do Senado.  Para atender o PSDB é preciso reservar três lotes: um para o Serra, outro para o Aécio e um terceiro para o Alckmin.

O modelo é o mesmo dos governos anteriores desde a democratização. A diferença estará na capacidade de gestão desse modelo. A história vem mostrando que quem consegue gerir, com alguma competência sobrevive. Quem é incompetente é derrubado. 

Temer quer chegar até o final de 2018. Tem que aceitar o modelo e tentar gerir com alguma competência. Supõe-se que o fará com a sua habilidade política. E com a experiência de três mandatos de Presidente da Câmara. 


"Quem não tem Eduardo vai de Waldir" . Que deixa de ser um "pau mandado de Cunha", para ser um "pau mandado de Temer". 

Diante dos últimos acontecimentos sou obrigado a um adendo. Waldir Maranhão tentou entrar para a história pela "porta dos fundos". Quer demonstrar independência e não ser "pau mandado". Mas continua sendo. Agora de Flávio Dino. Buscando salvar, não a Dilma, mas a si mesmo. Por ter desobedecido orientação partidária está sob risco de ser expulso do PP, ficando sem partido e sem estrutura partidária. Quer então anular a sessão para anular a sua desobediência. A quem então ele obedece. Certamente não é, como alega, à sua consciência. 

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