Eike Batista é (ou foi) um desses exímios montadores de empreendimentos ilusórios, que mesmo não sendo efetivados causaram grande impactos sociais, econômicos e ambientais.
O empreendimento denominado Porto-Sul, um terminal de minério de ferro na orla marítima de Ilhéus- Bahia, é o caso mais recente desse esquema de cadeia ilusória que movimenta governadores, políticos, comunicadores e investidores.
Não é viável, não vai ser concretizado, mas já promoveu várias invasões de migrantes com desmatamento e incêndios quando ocorre a remoção. O principal impacto social é o pré-emprego com a atração de migrantes na expectativa de obter um emprego ou trabalho dentro das sempre mirabolantes previsões de milhares de empregos a serem gerados pela implantação do empreendimento. Não tendo ainda renda, mas apenas a expectativa, invadem área e se instalam em barracas provisórias, formando favelas.
O empreendimento está suspenso mas a licença para supressão vegetal já está aprovada e poderá se efetivar abrindo clareiras inúteis.
Os ambientalista se colocam contra o empreendimento, o que não é a melhor estratégia, uma vez que a maioria da população acredita - ainda que iludida - nos benefícios da concretização daquele.
A luta é contra a ilusão e os desastres concretos que são praticados em nome dessa ilusão.
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