Como os petistas e dilmistas não identificam claramente os líderes da tentativa de golpe contra a presidente, já que um dos principais supostos foi vaiado pelos manifestantes e obrigado a se retirar rapidamente, uma alternativa é colocar toda culpa no pato.
Se o que motivou a ida dos milhares de paulistas e migrantes, voluntariamente, à Avenida Paulista foi a instatisfação generalizada com o quadro politico e econômico do país, há um outro segmento da classe média, igualmente insatisfeito, mas com o tratamento desigual da Justiça, Ministério Público e Polícia Federal, perseguindo os petistas e preservando os tucanos e outros contrários ao PT. O que é fato, embora decorra de varas e instâncias judiciais.
Estão indignados com o tratamento considerado indigno a um ex-Presidente da República, ainda considerado o melhor da história brasileira. E a insatisfação se volta também contra a mídia, "facciosa e golpista".
Estão dispostos a ir às ruas no próximo dia 18 de março, voluntariamente, sem necessidade de condução e de lanche. Vão aderir aos manifestantes levados pelo PT, CUT e movimentos socais.
É uma rede de adesão "contra o golpe" e defesa de Lula ("mexeu com Lula, mexeu comigo"), correndo o risco das comparações de volumes de adesões, influenciando a sequência dos acontecimentos.
Se ganhar ou empatar, Dilma fica. Se perder ela sai. E se perder de lavada, abrevia a sua saída.
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