segunda-feira, 11 de abril de 2016

Um novo ciclo na montanha russa

Hoje o carinho do impeachment vai subir mais uma ladeira. 
Vai descer diante de uma nova percepção, matemática.

Mesmo chegando ao Senado, a vitória do impeachment não é certa. O Governo só precisa do voto de 28 senadores para barrar o impeachment. 

Tem mais Ministérios do que isso. Se era inviável criar 172 ministérios para acomodar os deputados, conforme chiste que corre nos meios políticos, acomodar 28 senadores para assegurar os votos deles é absolutamente viável e plausível, em que pesem todas as contestações de ordem ética. "É o fim da picada (deve ser do aedes aegypt), "o fim do mundo" ou a desmoralização total da política. Mas com Lula & cia só importa uma coisa: manter-se no poder. E ai vale tudo.

Matemática e teoricamente isso é possível e a sua percepção vai causar grande impacto, sobre o voto dos deputados indecisos.

Mas com a dissipação da fumaça do estouro da bomba, vão emergir outros números.

Para instaurar o julgamento final é preciso uma reunião do Senado, com quorum mínimo e decisão pela maioria simples, ou seja, 50% + 1 dos presentes.  Com 21 senadores o julgamento pode ser instaurado. E ai a Presidente é afastada por 180 dias.

Junto com ela os eventuais 28 senadores ministeriados,  para votarem contra o impeachment na sessão plenário definitiva. 

Se o julgamento ocorrer durante o afastamento esses Senadores irão votar contra, para promover o retorno da Presidente e deles também? 

Ou vão tentar postergar o julgamento para além dos 180 dias, com o retorno da Presidente ao seu cargo e deles nos Ministérios?

Que Senadores estarão dispostos a se vender nessas condições?

 

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