Bolsonaro adota um modelo tradicional do "manda quem pode, obedece quem tem juízo". Quem não o tem e não segue as ordens é demitido. Não aceita a permanência de dissidentes.
A visão de Jair Bolsonaro não é apenas o "nós contra eles", mas entre os vencedores e os perdedores.
Como foi vencedor com cerca de 57 milhões de votos, assume que pode montar o seu governo, com quem quiser, não sendo obrigado a dividir com ninguém. Mas dá preferência aos que apoiaram a sua eleição. E defenestra quem se opõe àqueles.
Levou vários generais ao Governo, mas lembrando-os que ele, como Presidente da República, é o Comandante Supremo das Forças Armadas e, não titubeia, em demitir quem não segue as suas diretrizes ou ordens.
Joaquim Levi foi levado a se demitir porque não entendeu a sua missão na Presidência do BNDES.
O que Bolsonaro e sua turma querem é a abertura da tal "caixa preta" contendo os dados dos financiamentos a paises comunistas.
O que interessa é saber quem participou dos processos de aprovação. O objetivo é criminalizar os responsáveis e promover a sua demissão do Banco. E ainda as prisões de Luciano Coutinho, Guido Mantega e Dilma Rousseff.
Não adianta buscar técnicos competentes para dirigir o BNDES. O que os bolsonaristas querem é destruir a resistência petista ainda dentro do BNDES, mesmo que para isso tenham que destruir todo o Banco.
Esse modelo de gestão de Bolsonaro leva a formação de uma equipe de bajuladores, sem independência e sem iniciativas. Prefere a omissão do que errar por ação. Uma equipe burocratizada e despreparada para enfrentar as situações não rotineiras.

A solução dos graves problemas nacionais continuará sendo adiada.
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