Muitos dos 57 milhões de brasileiros esperançosos por grandes mudanças, que votaram em Bolsonaro, acreditando no seu carisma, autoridade e determinação, desanimaram com o início do seu governo.
Ao permitir o ativismo de seus filhos e do guru deles deu margem à imagem de que ele não mandava. Era mandado. Fraqueza fatal.
Resolveu "virar o jogo"
Não esperou por Sérgio Moro, para implantar a sua agenda armamentista e editou um decreto, de constitucionalidade duvidosa. "É o que o meu povo quer. Eu quero assim e sou eu quem manda aqui. Vai ser assim".
Foi com Sérgio Moro testar a receptividade pública, indo ao estádio de futebol. Não foram vaiados, até aplaudidos..
Sentindo-se mais forte, demitiu o General Santos Cruz e em seguida os Presidentes do BNDES e dos Correios.
Em Santa Maria voltou às ruas, para caminhada junto com o povo. A receptividade calorosa fortaleceu a sua sensação pessoal de recuperação do prestígio junto ao "povo".
Com a acolhida na Marcha para Jesus, Bolsonaro sentiu-se mais forte para se colocar como opção para 2022.
Percebeu, o apoio ao estilo "mandão". É o que os seus adeptos esperam dele.
Nada de articulação, de negociação. É o "eu mando e quem não gostar pede para sair. Se não eu tiro".
"Vou buscar e tenho o apoio da população para pressionar o Congresso a aprovar o que eu quero".
Esse exercício pleno de autoridade pode levar a um autoritarismo, com forte reação dos oponentes, dentro de alguns cenários básicos:
perda de apoio da população, com manifestações populares decrescentes, reforçando a tutela para evitar a deterioração do Governo;
o apoio amplo da população dando respaldo a soluções autoritárias,
ou ainda o cenário radical: a saída antecipada.
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