Jair Bolsonaro se dedicou na semana a presidir o país dos seus. Foi almoçar num restaurante a beira da estrada com os caminhoneiros, com a boa noticia de redução do preço do diesel. Foi à Convenção Nacional da Assembléia de Deus, onde lançou mais um factoide: a escolha de um Ministro evangélico para o STF.
São duas corporações que lhe deram grande apoio eleitoral e foi fazer um agrado a elas.
Foi a uma posse na Marinha, outro na Embratur. Atravessou a Praça dos 3 Poderes para ir ao Congresso. Não para articular a aprovação de Medidas Provisórias travadas e que perdem a validade hoje. Mas para apoiar a homenagem a Carlos Alberto Nóbrega e se mostrar aos telespectadores da Praça, na maior parte, seus adeptos.
Ignorou inteiramente as novas manifestações dos estudantes. Para ele não aconteceu. Se não lhe interessa, desconhece.
Desconsiderou a queda do PIB, no primeiro trimestre, simplesmente alegando desconhecimento de questões econômicas.
Governando só para os seus, atendendo aos pleitos deles e da sua mulher, desprezando os demais, corre o risco de ficar com apoio limitado, dentro da sociedade e não conseguir promover as grandes mudanças do país, como prometeu.
A trajetória futura da semana indica um fortalecimento do apoio dos nossos, que estão se concentrando em alguns poucos grupos e aumento "deles" ou dos "outros", desprezados, contrariados ou simplesmente desencantados. Grande parte do "mercado" já saiu do "nós" mas ainda não engrossou o "eles". Está tendendo a isso.
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segunda-feira, 3 de junho de 2019
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