Embora a barragem que rompeu seja da SAMARCO, a sociedade brasileira, com reflexo na internacional, "desconsiderou a pessoa jurídica" e atribuiu a principal responsabilidade à VALE.
Num primeiro momento emergiram, com toda razão, os ambientalistas e seus adeptos, denunciando a maior tragédia ambiental brasileira.
Mas o impacto maior será sobre a economia brasileira, com reflexos sociais.
A posição mais radical leva à indenizações bilionárias, o fechamento de empresas, e a manutenção do minério de ferro debaixo da terra.
O melhor seria deixar tanto do minério de ferro como o petróleo do pré-sal "quietos na natureza" e não pretendê-los transformar em riqueza.
Outra menos radical seria uma produção com maiores custos para atender aos requisitos ambientais. O resultado pode ser o mesmo.
Com custos maiores a exploração se tornaria não competitivo, no mercado internacional e deixaria de ser produzido no Brasil.
Há excesso de oferta, há uma queda na demanda, em função da crise da cadeia produtiva do aço. O Brasil, principalmente através da Vale, ainda é o principal exportador, porque tem custos mais baixos.
Se perder essa condição, perde mercado e posição.
Vencido o clima emocional a sociedade brasileira terá que tomar uma opção e não deixar, simplesmente o seu barco ser levado pela corrente.
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