A
Operação Lava Jato, iniciada por investigações sobre
lavagem de dinheiro, chegou à Petrobras e deu partida a grandes mudanças no ambiente empresarial. Começou a instituição de uma "Nova Ordem".
O destemor, às vezes excessivo, do Juiz Sérgio Moro
incentivou outros juízes e procuradores a darem continuidade a processos que
anteriormente morriam, no meio do caminho.
Agora os processos correm no Rio de Janeiro, em Brasília, em
São Paulo, em Pernambuco e seguirão se ampliando sucessivamente.
A Lava Jato é apenas o começo de um processo que vai se
prolongar por muitos anos.
Algumas grandes mudanças estão presentes, embora nem todos
percebam, acostumados que estão com a “velha ordem”:
- Aceitar “mordida” é risco total:
Todo um conjunto de comportamentos, desde os mais simples
aos mais complexos, que eram absolutamente normais deixaram de ser:
- Vc não pode mais ter cartão de crédito da empresa para pagar o almoço de uma autoridade pública, mesmo que ele seja um velho amigo.
- Qualquer informação de autoridade – seja pública, como privada – tem que ser divulgada e compartilhada. Aplica-se, por exemplo, para empresa que tem ação na Bolsa de Valores.Se não for difundida é informação privilegiada e crime.
A “nova ordem” é comandada por grupos de juízes e
promotores, jovens de grande competência jurídica, mas com pouca ou nenhuma
experiência empresarial. Não sabem como funcionam as empresas. Assim
como se formulam e se praticam as estratégias empresariais e os mecanismos
reais de gestão.
Alguns tem formação complementar em cursos de administração,
onde aprenderam as teorias de gestão. Mas sem a vivência prática.
Pouco entendem, pouco conhecem, mas do que conhecem não
gostam.
Os seus princípios, conceitos, lógicas e prioridades não são
as mesmas dos empresários.
Os empresários ficam contrariados e até indignados com a ignorância e a incompreensão dos paladinos da nova ordem.
Mas tem que se curvar à realidade e perceber que eles estão
ganhando a guerra. Se ajustam ou correm o risco de debacle econômica e
financeira.
Eles estão ganhando a guerra porque estão atingindo o coração dos negócios da empresa, dentro do ambiente atual: não é a prisão, que é temporária e pode ser minimizada pela delação premiada. É a marca e reputação da empresa, afetando o valor das suas ações e os negócios futuros.
Qualquer prisão, ainda que temporária, provoca enormes perdas econômicas.
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