quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Mundo do Trabalho Esquizofrênico

Nem tem chinês demais, nem a falta de competitividade da indústria brasileira é porque tem encargos sociais muito alto. Nem mexicano que só quer trabalhar em fábrica. 

A única verdade no mundo do trabalho é que todo mundo quer emprego para ganhar bem. Se os salários não são bons, ele vai "se virar". E isso estaria gerando uma nova classe social: o precariado.

 

Enquanto no Brasil faltam vagas na indústria automobilística, com um crescente número de desempregados, sobram vagas no México. 

 
E, contrariando o senso comum, numa China com uma população de quase 2 bilhões de pessoas e 800 milhões de empregados está faltando chinês para trabalhar nas suas fábricas. Estão sendo substituídos por robôs alemães.

 

Aparentemente, o problema principal não é falta de gente. É falta de salários.

A Alemanha é quem paga mais pelo trabalho ( US$ 26,25 por hora) seguida pelos EUA (U$  23,83). A Coreia do Sul, ingressante no mercado com salários baixos, hoje já paga, em média, US$ 12,99 por hora. Mais que o dobro do Brasil, que aparece nessa estatística com US$ 6,17.

A China paga menos que o Brasil, mas só um pouco menos (US$ 5,19) e a outra notícia dá conta que os salários continuam aumentando. Sendo essa a razão principal da suposta carência de mão-de-obra. Os trabalhadores querem ganhar mais e algumas empresas preferem colocar robôs do que aumentar os salários. A disputa entre o homem e a máquina não é tecnológica, nem de produtividade. É de custos. Esse é o jogo. Elementar, meu caro.

O problema do México é esse ai.  O custo médio seria de US$ 3,29 por hora, quase a metade do Brasil.  Tem mexicano preferindo ser flanelinha do que ser metalúrgico. Não faltam trabalhadores. Falta salário.

 

 

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