É um equívoco e não dá certo. O caso mais flagrante foi o da Ói.
O concessionário não cuida do osso. Desde o momento que assume a obrigação o seu objetivo é se livrar dele. Não investe, nada faz além das obrigações mínimas. O que faz é reduzir os custos, demitir os empregados e, se possível, reduzir a prestação dos serviços deficitários.
O tecnocrata acredita na responsabilidade social do concessionário. No mundo contemporâneo é rara a figura do concessionário, pessoa física, que comanda uma empresa. O usual é a empresa concessionária, com múltiplos acionistas investidores.
Para o investidor a concessão de serviço público é um negócio. O fato de ser um serviço público não altera a natureza básica para o investidor: uma aplicação financeira com perspectivas de retorno.
O investidor espera e quer resultados financeiros. Os executivos, gestores da concessionária, são pressionados para atendê-lo.
A pergunta que não quer calar é: quais seriam as opções para cuidar do osso? Como ele poderia ser gerenciado, já que supostamente a sociedade, ou pelo menos uma parte dela, precisa desses serviços?
ResponderExcluirPor definição, o Estado. Todo o serviço de utilidade pública que não possa produzir lucro em decorrênciade sua própria natureza deve ser assumido pelo Estado.
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