A famosa e execrada publicamente, mas continuada na prática, chamada "Lei de Gerson" voltou amplamente. Repaginada, agora respondendo pelo nome de Uber e disfarçada de modernidade.
A grande diferença do Uber não é a tecnologia do aplicativo. Essa é usada por diversos outros. O grande diferencial do Uber é a sua maciça ação de marketing para obter clientes, fixar sua marca e emergir como o grande símbolo da modernidade.
O problema atual da sua estratégia está na precificação dos serviços, com a prática de dumping, que tem plena aceitação pelos usuários, porque - de momento - estão pagando menos pela corrida. Estão aproveitando a "guerra de preços" para levar vantagem. Afinal, ser esperto, não é levar vantagem em tudo?
Esse dumping está sendo praticado pela exploração dos seus associados.
Quem está arcando com os custos mais altos do que a remuneração, sem a clara noção dessa condição é o motorista urberista. Ele está consumindo o seu carro e a sua saúde. O carro porque a sua remuneração líquida não vai cobrir o custo da depreciação do seu carro quando quiser trocar. Fora o custo da manutenção. E a sua saúde, pelo tempo de trabalho para obter a remuneração e pela sua ansiedade, na disputa por clientes.
Na crise atual, com dificuldade de conseguir emprego ou mesmo outros "bicos", ser motorista do Uber é uma alternativa de renda, mesmo que seja uma alienação homeopática do patrimônio.
Dentro das circunstâncias atuais, quem ainda tem renda, mas quer economizar, gastando menos, acha que está levando vantagem usando o Uber. E, de momento, está. Não está preocupado com o futuro dos serviços, que - inevitavelmente - se degradarão. Os preços praticados são irreais. Baseados em "pedaladas". Uma hora serão percebidas pela sociedade.
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