A narrativa elaborada foi da solução dos grandes problemas nacionais, com mega empreendimentos. Nenhum outro empreendimento se encaixava melhor na história do que a transposição das águas do Rio São Francisco, para acabar com a seca do Nordeste. Uma mega-obra de grandes volumes de contrato, reclamada pelos políticos e sociedade nordestina e aceita pela sociedade organizada do Sudeste.
O PAC requeria mega obras que, pelo seu porte, só pudessem ser executados por grandes empreiteiras, com grandes volumes de contrato. Em função desse volume as comissões de intermediação, poderiam ser percentualmente baixas, sem chamar maior atenção.
Desde o início, apontamos aqui neste blog as intenções reais, mascaradas pela grande ilusão do fim da seca no nordeste e de um impacto muito menor do que o prometido. Por algumas simples razões. A mais importante: para a água chegar às casas das famílias é preciso estabelecer redes de distribuição e é preciso cobrar por ela.
(cont)
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