sexta-feira, 21 de julho de 2017

Exportar para empregar (18) - Renault na Colômbia

As multinacionais automobilísticas instaladas no Brasil, depois de muitos anos inteiramente voltados para o mercado interno, com pequenas janelas para o Mercosul, mudaram a estratégia e passaram a considerar o mercado da América do Sul como únicos e organizar as suas plataformas de produção, com especializações para o mercado latino-americano.

A Renault produz o Duster no Paraná e na Colômbia e deverá concentrar a produção desse SUV no pais vizinho, mantendo o Oroch (a pickup) no Paraná. Com vistas ao mercado sulamericano.

A indústria automobilística no Brasil não vai deixar de produzir no Brasil e exportar. Mas vai buscar ampliar o comércio sul-americano de veículos, exportando e importando mais. 

Será a forma de desenvolver uma presença competitiva da sua produção no continente e reduzir a participação dos importados asiáticos prontos, neste mercado.
O que ela está estabelecendo é uma concorrência entre as suas unidades. 

Há necessidade de contínua modernização. Mas isso depende das decisões empresariais. Priorizar os investimentos de modernização no Brasil, na Colômbia, ou na Argentina? Não será só no Brasil.

Dificilmente as multinacionais irão reverter a estratégia de latinização, para voltar para o modelo "voltado apenas para o mercado brasileiro". Voltada exclusivamente para o mercado interno não sairia, nem sairá da crise. 

Com a ampliação do mercado, a indústria automobilística no Brasil, voltará a ser um grande gerador de empregos. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Lula, meio livre

Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...