terça-feira, 18 de agosto de 2015

Dilma e a governabilidade

Dilma iniciou, na semana passada, uma ampla campanha pela governabilidade, mediante um "acordão". Não propôs nem um pacto, tampouco uma "concertación", para não parecer mais um golpe de marketing político, mas faltou apenas um nome ou marca da lavra de João Santana.
Antecipando-se às manifestações de rua, marcada para o domingo passados, conseguindo a adesão do presidente do Senado e da cúpula do PMDB só não conseguiu trazer para a sua concertação o Presidente da Câmara, o que principal opositor. Mas conseguiu as manifestações das principais lideranças das entidades industriais e de centrais sindicais.
 
Não adiantou. A classe média tradicional voltou às ruas, pedindo a sua saída. Por mais que se queira minimizar as manifestações, a sociedade organizada não arrefeceu na sua pressão pela saída.
Para viabilizar o seu acordão, ela apelou para a priorização dos interesses nacionais, deixando em segundo plano os interesses pessoais, para acabar com os confrontos políticos e permitir a retomada da economia. 
Segundo reiterou em sucessivos discursos esse confronto estaria prejudicando a economia, colocando em risco o grau de investimento, a produção e os empregos. 

Mas para ser coerente com o seu discurso, considerando que ela é o polo do confronto, ela deveria renunciar e dar margem a um efetivo governo de transição, consertado, com s, mais do que com c.
"Se um não quer, dois não brigam".
"Se é para o bem de todos e bem da nação, diga ao povo que me mando".
 

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