O modelo do distritão enfraquece os partidos. Mas não se pode desconsiderar que qualquer modelo regionalizado tende a fortalecer a escolha personalizada e não partidária. Incluindo nesse caso o sistema distrital puro.
O modelo proporcional é o que melhor compõe a escolha da pessoa e do partido, a partir da decisão do eleitor. Mas continuará a situação em que o eleitor vota num candidato, mas o eleito pode ser outro.
Por essa razão se propõe o sistema misto: o eleitor votaria duas vezes: uma vez num candidato e outra vez no partido. E as as vagas do partido seriam ocupados pelos escolhidos pela direção partidária ou eleitos pelos filiados.
Apenas para reflexão e discussão: por que não então o "Distritão Misto"?
A escolha do modelo ou as suas mudanças não decorrem das suas virtudes ou defeitos intrínsecos, mas de como eles se ajustam aos seus interesses.
O que pode envolver equívocos de avaliação.
Os atuais deputados vão começar a fazer contas simuladas, mas baseadas nas suas visões da realidade brasileira, da sua base eleitoral e lideranças partidárias.
Darão idéia sobre em que modelo ele tem maior chance de reeleição: no sistema atual ou no distritão?
O seu voto pela reforma política será determinado pelas perspectivas de reeleição. O resto serão meros discursos para explicar a posição.
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De fato, seria mais fácil aprovar um "distritão misto" do que um voto distrital mistro propriamente dito. Seria impossível baixar o número de deputados mínimo por Estado (de 8), e não acredito que Acre ou Roraima poderiam ser "esquartejados" para a eleição de deputados no voto distrital puro.
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