Há a base do Presidente Temer que foi formada para defendê-lo contra as investigações das denúncias. É uma composição conjuntural. É pessoal.
Uma segunda base, que pode ser desdobrada seria de apoio ao Governo. Uma primeira seria em relação às medidas econômicas e outra, em relação às demais medidas.
A lista das Medidas Provisórias encaminhadas ao Legislativo - excluidas as de política econômica - atendem a interesses de setores econômicos, como os de petróleo & gás, mineração, agronegócio, ou atividades privadas em educação e saúde.
A formação de uma base aliada para a aprovação dessas MPs depende mais do lobby das empresas ou de suas associações do que de articulação política do Governo.
Já a pauta econômica que é gerada pelo Ministério da Fazenda e entorno, seria de uma política de governo, mas não é.
Temer encampou a pauta de Meirelles a partir da visão do "mercado" de que as reformas econômicas - principalmente a previdenciária - seriam essenciais para promover a retomada do crescimento econômico.
E Temer, com baixa popularidade, assumiu que a condução da retomada da economia, seria uma forma - talvez a única - para melhorar os índices de popularidade e melhorar a governabilidade.
Mas a economia voltou a crescer, mesmo sem a aprovação das reformas, exceto a do Teto.
Escapando do objetivo principal, de natureza política e pessoal, a pauta econômica deixa de ter prioridade para o Presidente, passando a ser uma pauta Meirelles e não mais Temer/Meirelles.
Essa pauta passará a ser negociada diretamente entre Meirelles e Rodrigo Maia, cabendo a ele articular o apoio às medidas aprováveis.
Ao lado das medidas de iniciativa do Executivo, o Legislativo terá uma pauta anti-Judiciário e anti-Ministério Público, envolvendo - principalmente - abusos de autoridades.
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