Estive em Curitiba para mais uma rodada do programa Olho no Futuro.
Mobilidade urbana é a principal preocupação da população com relação ao futuro da cidade. Na expressão deles, transporte e trânsito.
A frota vai continuar crescendo mais que a população.
Há várias propostas para enfrentar a questão: a mais em voga hoje é aproximar trabalho da moradia. A segunda é deixar o carro em casa e se deslocar de transporte coletivo. Isso implica em ter sistemas de transportes de qualidade.
Curitiba é pioneira na implantação do sistema de ônibus hoje rotulada de BRT. Mas nasceu em Curitiba e ainda hoje não tem um nome definido. Alguns o caracterizam pelo nome "ligeirinho", mas que é apenas uma das modalidades. Outro como o sistema de tubos.
Curitiba não se limitou a corredores de ônibus.
Planejou, inicialmente, uma estrurua concentrica-radial, com radiais de grandes larguras, diversamente do que ocorreu em São Paulo e outras cidades, onde as primeiras, como a Avenida 9 de julho é extreamente acanhada, e mais recentes como a Av. 23 de maio só tem 3 faixas em cada pista, com a maior parte sem canteiro central.
As radiais em Curitiba, foram projetadas e implantadas com até 10 faixas. A partir dessa configuração, o planejamento urbano adotou uma concepção que prevalece, como dominante, até os dias de hoje: adensamento verticalizado em torno dos eixos, com uma cidade linear e as pessoas tendo à disposição, um sistema de transporte coletivo rápido.
O resultado é que em alguns eixos, o adensamento provocou uma demanda para a qual a oferta do sistema de ônibus não comporta, principalmente nos horários de pico,trazendo a discussão sobre:
- substituir o sistema atual por meios de transporte de massa, com adoção daqueles de maior capacidade, seja um veículo leve sobre trilhos (VLT) ou o metrô;
- ampliar e melhorar o sistema atual do BRT;
- promover a descentralização, com o desenvolvimento de novos corredores, para descentralizar a demanda.
A concepção alternativa para a estruturação da cidade é sua compactação, aproximando a moradia do trabalho ou do trabalho à moradia. Esse modelo também tem sido caracterizada como o da cidade inteligente.a
Isso muda o eixo das prioridades dos planos: passa-se da busca de melhoria do transporte coletivo para estimular a transferência do modo individual para o coletivo, damobilidade para os mecanismos para redução dos deslocamentos, ou seja, da mobilidade para não mobilidade, para o não transporte.
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