1º de Maio é um dia tradicional para os trabalhadores irem às ruas para defender as suas pautas e obter a adesão da sociedade. Era.
Um pequeno público no comício da CUT e um público relativamente menor (quando comparado com os anteriores) no da Força Sindical, apesar da apresentação de artistas populares e dos sorteios de carros, indica um interesse cada vez menor.
No dia 13 de março último, centenas de eleitores que votaram em Dilma foram às ruas. Dois dias depois, milhares de eleitores que não votaram em Dilma foram às ruas.
Os que votaram nela não estão saindo às ruas, para defendê-la a menos de pequenos grupos, poucos significativos. A maioria se recolheu às suas casas, mas com um sentimento de ter sido enganada e traida.
A minoria de ativistas seguirá a defendendo, com uma posição ambígua, diante dos fatos, como se viu nas manifestaçõe da CUT no 1º de maio.
As medidas de ajuste fiscal que afetam os trabalhadores foram transformadas em "Plano Levy", como se nada tivesse a ver com o Governo Dilma.
E encontraram no Projeto de Lei 4330 da Câmara dos Deputados, a bandeira de combate para se aproximar das bases.
A CUT, o PT, demais centrais sindicais, Governo e empresários estão todos de acordo, com a regulamentação, da terceirização mas não interessa à CUT se posicionar publicamente a favor. Opõe-se à ampliação da terceirização das atividades-fins, mesmo não tendo clareza do que seja isso. Cada um interpreta como quiser.
É mais uma contradição que se coloca para o PT. Mas a esta altura não interessa o conteúdo, mas a bandeira.
O PL 4330 não tem origem no Poder Executivo. É defendido pelo principal desafeto do Governo. Então, "se Eduardo Cunha é a favor, somos contra. E pt."
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