Mercadante se preocupa - em primeiro e segundo lugar - consigo mesmo. E depois com os petistas. Não quer que esses vejam o Governo, como dominado por Levy e os velhos inimigos.
A questão final no final de quinta-feira era se o corte no orçamento seria de R$ 70,1 bilhões ou de R$ 69,9 bilhões.
Para efeito contábil e financeiro R$ 200 milhões faria pouca diferença, até porque haverá novos ajustes ao longo do ano.
A diferença maior estava numa disputa de poder (ou de vaidades) e de imagem.
Acima de R$ 70 bilhões seria uma demonstração de poder e força de Joaquim Levy. Relativa porque ficaria no mínimo, mas suficiente para fortalecer o Plano Levy.
Abaixo de R$ 70 bilhões seria para mostrar que ele "não está com essa bola toda" e que o ajuste é o "Plano Dilma".
Já que o corte é inevitável, Mercadante convenceu Dilma de que para efeito do PT e conseguir a aprovação das demais medidas no Congresso seria melhor sustentar o ajuste como Plano Dilma e não como Plano Levy.
Dilma ficou com Mercadante, os 200 milhões ficaram de fora, ele alcançou os píncaros da sua autoestima, com uma vitória de Pirro e Levy se retirou: "se o plano é de vocês, assumam e apresentem!". Simples assim.
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