O circuito econômico, com uma direção ascendente, ainda no início do primeiro mandato da Presidente Dilma foi mantido nessa direção por medidas paliativas ou artificiais, que acabaram revertendo a direção do processo, para trajetória descendente continuada causando a crise mais prolongada da economia brasileira.
Numa economia como a brasileira, predominantemente voltada para o mercado interno de consumo, o fator mais importante para a dinâmica do consumo é a estabilidade dos preços na ponta final, ou seja, no que o consumidor paga. E para ele inflação é percebida como carestia: "está tudo muito caro". E se está mais caro, ele reduz as compras. Reduz as quantidades. Há uma contração física que resulta na redução da produção.
A redução do consumo final, em termos físicos, provocou uma redução no movimento do comércio que com isso fechou lojas e demitiu empregados. Provocou a redução da produção industrial que também com isso demitiu empregados.
O volume total de empregos e da massa salarial caiu e, consequentemente, caiu mais ainda o consumo das famílias.
Apesar desse processo de redução do fluxo econômico, com aumento do contingente de desempregados, a economia brasileira ainda tem um estoque da ordem de 90 milhões de trabalhadores ativos, dos quais metade é empregado formal (celetista ou servidor público) que representa uma massa de R$ 170 bilhões mensais, disponíveis para consumo e para poupança. Essa massa vem decrescendo, mas ainda representa um enorme mercado, uma grande base de demanda para puxar a produção.
Com a redução da carestia, essa massa voltará a comprar maior volume de produtos, reanimando o comércio e elevando as encomendas às indústrias.
Será um processo lento, com as estimativa dos analistas de que só comece a ocorrer a partir de 2017 ou 2018. 2016 seria ainda um período de ajuste da contenção inflacionária, aravés da recessão.
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