sexta-feira, 7 de abril de 2017

Renan Calheiros sobreviverá?

Renan Calheiros tem conseguido se manter à tona nas água políticas, dentro do seu projeto pessoal: ser permanentemente um protagonista.

Não se contenta em estar no meio político, seja nos bastidores, e muito menos na platéia, como simples espectador. Ele precisa, por compulsão pessoal, estar na frente do palco: comandar o espetáculo.

Evidentemente, Renan está preocupado com outubro de 2018 e precisa aplainar - desde já - o caminho para ele e seu filho, atual Governador das Alagoas.

Mas a sua preocupação maior é com o tempo presente, com a perda de protagonismo. 

Por isso ele chama Temer, toda hora para a briga. Numa cultura de mma ou ufc, a mídia refletindo o interesse de parte da sociedade, açula a briga, a disputa: quer ver caras amassadas, pernas quebradas, sangue. Renan provoca, tem visibilidade, mas a sua estratégia já está se esvaindo. 

Temer não compra a provocação e até debocha.  

Quer ser reconhecido como o Presidente que salvou o Brasil, tirando-o da maior e mais prolongada crise econômica. Para isso precisa aplicar remédios amargos, fazer cirurgias que afetam a sua popularidade. Aproveita a impopularidade para aprofundar as medidas dolorosas. 

Ele não pretenderia, como José Sarney, permanecer na política, depois da Presidência. O seu exemplo é Getúlio Vargas. 

O dilema dos peemedebistas é se esses remédios amargos não salvarem o Brasil, até 2018. Num ambiente econômico ruim, eles acham que irão afundar juntos.

Temer quer sair da política para passar para a história. Os peemedebistas, liderados por Renan querem permanecer no mar político e na "crista da onda". 

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