quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Os eleitores evangélicos e a bancada evangélica

O crescimento da população evangélica, principalmente nas camadas da população mais pobre e dentro delas dos jovens, vem se refletindo no eleitorado. O resultado efetivo tem sido o aumento progressivo da chamada bancada evangélica ("da bíblia"), no Congresso Nacional e influência crescente nas eleições majoritárias.


O dado preliminar de pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo (um braço do PT) é impactante e fulminante na contestação da versão dominante na opinião publicada. Nos movimentos de rua, contra e a favor do impeachment de Dilma, a predominância dos participantes era de mais de 40 anos e de classe média. Na marcha por Jesus, com volumes muito superiores de marchadores, a predominância é dos jovens.

O crescimento da população evangélica estaria ocorrendo pela ação das igrejas de uma vida presente e terrena, menos sofrida, oferecendo conforto "material" e espiritual. O material não é apenas de bens, mas também e, principalmente, de serviços de saúde. A aspiração aos bens de consumo não é considerado pecado, mas aceitável. Enriquecer não é condenado. É até desejável e admirado.
O espiritual viria de propostas de redenção, de renascimento pós morte terrena. Os conceitos de céu e inferno, a presença de Jesus x Satanás estão mais presentes do que na Igreja Católica. 

(um parênteses: a maior ameaça aos crentes é a presença do diabo, que se infiltra dentro das pessoas e as leva às práticas indevidas e ao sofrimento. Satanás é vermelho, está cercado de vermelho como é a bandeira dos partidos de esquerda).

2 comentários:

  1. Os vermelhos defendem o aborto e a liberação das drogas, e são (em tese) contra a família e a propriedade privada. Como os evangélicos vão apoiar esse tipo de coisa?

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  2. Sim. Até o Calvinismo aqui é paradoxal e anacrônico. Mesmo a eventual implantação de um Islamismo seguiria os mesmos rumos: a incoerência, a confusão mental e a desmoralização.

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