A América Latina viveu um fim de semana atípica com eleições
presidenciais na Argentina e no Uruguai, eleições regionais na Colômbia e a
continuidade dos movimentos de rua no Chile.
Na Colômbia uma candidata lésbica, de centro-esquerda venceu a eleição para
Prefeita de Bogotá, a capital. No interior da Colômbia foi eleito um ex-guerrilheiro das FARCs.
Com a vitória da oposição ao governo
liberal Macri, na Argentina, a vantagem no primeiro turno do candidato situacionista de esquerda, no Uruguai e
a mobilização popular contra o
igualmente liberal Sebastian Piñera no Chile os bolsonaristas tem invadido a
rede social, acusando os comunistas de pôr em marcha uma estratégia para
viabilizar o retorno da esquerda no Brasil. Essa estratégia estaria sendo
desenvolvida pelo Foro de São Paulo: um fantasma ambulante que assombra a
cabeça dos radicais bolsonaristas. O símbolo do mal. Esse acham que o tal Foro Irá colocar a
esquerda nas ruas.
O problema no Brasil é que a esquerda não tem nenhum motivo concreto
para mobilizar as massas nas grandes cidades.
A grande indignação hoje dessa população é com a corrupção e
a razão objetiva para uma mobilização popular seria uma decisão do STF que poderá
resultar na liberação de corruptos, atualmente presos, incluindo Lula.
A maior capacidade atual de mobilização popular é dos
bolsonaristas que dominam as redes sociais.
A mobilização inicial é sabida, a sequência acaba sendo
contra o Governo, primeiro como reação à repressão policial e depois reunindo a
insatisfação geral com a situação atual e futura.
Alguns analistas supõem que a estratégia real é dos
Bolsonaros, provocando movimentos violentos de rua para justificar um golpe
militar, envolvendo o fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e o
fortalecimento da Presidência.
Se essa é uma estratégia real envolve um grande risco para
os bolsonaristas. Podem fomentar um golpe, mas nada garante que esse seja
restrito. Poderá envolver a substituição do ex-capitão por um general.
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