Jair Bolsonaro, junto com Gustavo Bebianno, para atender às
condições legais da candidatura à Presidência, arrendou em comodato, o partido do seu velho companheiro de
baixo clero da Câmara dos Deputados, Luciano Bivar, com a promessa de devolução
depois das eleições, com as benfeitorias.
Para Luciano Bivar, o “dono” do PSL foi o melhor negócio do
mundo. Cedeu o partido e recebeu de volta o mesmo com 52 deputados federais, 4
senadores e o direito a cerca de 400 milhões de reais do Fundo Partidário, mais
outros direitos vindouros.
Vencido o contrato, Bivar retomou o partido e, no mesmo
estilo de Jair, anunciou “aqui mando eu”, “os incomodados que se retirem”.
Podem sair, com as mãos abanando, sem poder levar nada. Só o seu próprio cargo, isto é, a roupa do corpo, e nada mais. O dinheiro fica aqui.
Os filhos, no entanto, acham que o partido é do pai que
transformou e ampliou o partido nanico no segundo mais dentro da Câmara e
querem tomar conta. Bivar e sua turma, não deixa. E com outra ameaça: se me
tirarem, vocês – os meus protegidos – vão perder todas as regalias que têm
comigo.
Bivar, como um velho e experiente político, tão logo
reassumiu o partido, montou a sua turma própria, contrapondo-se à turma
bolsonarista fundamentalista, em número menor. Seriam 15 dentro do conjunto de
54.
Jair, instado pelos filhos que querem, mas não conseguem
mandar no PSL, foi ao confronto com Bivar. Com a sua incontinência verbal,
sussurrou, mas para todos ouvirem que Bivar está queimado para caramba.
Ele que conhece Jair há muito tempo, respondeu, mas em alto
e bom som: não está contente, pede para sair. Mas não vai levar nada. Agora é
tudo meu. Você pode mandar nas suas negas. Aqui quem manda sou eu.
Os filhos acham que não precisam do partido, mas precisam
que papai consiga uma solução para eles não perderem o cargo.
O PSL bolsonarista não tem amanhã. Independente e livre da
carga vai se juntar ao centrão.
E o bolsonarismo, sem partido, tem amanhã?
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