Os filhos de Jair se consideram os príncipes herdeiros do
Rei Bolsonaro ungido por Deus que determinou a 57 milhões de brasileiros
votassem nele para dar legalidade da eleição.
Como tal exigem que os súditos sigam a vassalagem que lhe é
devida e querem que o pai elimine os desafetos que atrapalhem o seu exercício de
poder.
Na visão deles, os príncipes, nenhum dos 52 deputados
federais e outros tantos deputados estaduais, 4 senadores, 4 governadores foram
eleitos por si, mas por terem embarcado no navio de Bolsonaro, arrendado do
PSL.
Eduardo quer, porque quer, que eles mantenham fidelidade,
obediência e disciplina ao papai Rei.
Carlos conseguiu, logo no início do governo, afastar o principal
articulador do processo que levou Jair ao Planalto. Educado e para não
desgastar o amigo (ou ex-amigo) saiu em silencio, estabelecendo um período de
carência, para se manifestar. O mesmo fez o ex-amigo General Santa Cruz.
Eduardo quer tomar o comando do navio que foi devolvido ao
seu dono, Luciano Bivar, muito maior e melhor do que quando foi arrendado.
Bivar, um velho e experiente político, não confiou na
família Bolsonaro e ocupou os espaços do navio, com poucas exceções deixando uma
fatia para os herdeiros. Quando eles quiseram
assumiu o comando Bivar, com a sua turma, não deixou. Aqueles foram se queixar
ao papai e dizer a ele que “Bivar estava queimado, sem maioria no partido, mas
era um empecilho”.
Papai Jair tomou as dores do filho, repetiu à boca pequena,
mas em tempos de internet, tudo se grava, tudo se divulga.
Começou uma batalha de gravações clandestinas, até com agentes
infiltrados e o que era uma briguinha de família tornou-se um escândalo
nacional.
Qualquer que seja o desfecho pessoal, uma coisa é certa no
amanhã: “o PSL, como o grande partido da direita (ou conservador) já era”.
A disputa agora é pelo seu espólio, tendo em vista as eleições de 2022.
Jair voltará à estaca zero. Sem partido, buscando um outro que lhe ofereça o registro, mas sem dinheiro, tentando repetir em 2022, o fenômeno de 2018. O seu problema é que uma nova facada poderá ser mortal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário