Aparentemente ele está fazendo uma troca com as autoridades econômicas. Conduz a aprovação delas e de outras medidas do ajuste econômico e Levy e sua equipe não contestam as benesses que aquele está distribuindo aos deputados. Pode ter dito ou colocado a Levy que essas benesses que prometeu para ser eleito, seriam a condição para a aprovação das medidas desejadas pelo Governo. Se ele é um "fisiológico", como dizem e nada faz de graça, a aprovação do pacote fiscal tem um preço. Preço a ser pago a todos os deputados, com o dinheiro do contribuinte.
Cunha vai atender aos trabalhadores, vai se intimidar com o Paulinho da Força ou vai atender preferencialmente os seus 528 colegas?
Mas e se ele não aprovar as Medidas Provisórias do Ajuste Fiscal, como ele vai ficar no seu projeto de poder? E se ele que teria recebido por antecipação, não entregar a mercadoria? Isso poderá dar origem a uma "guerra surda" com as autoridades econômicas. Elas não vão confirmar, mas iriam fechar as "burras" do Tesouro para irrigar os gastos do Congresso. Cunha terá que ameaçar e cumprir algumas ameaças para manter a irrigação dos recursos. Poderá ganhar, mas não sem um grande desgaste.
Cunha é um retrógado, em termos de visão de mundo, mas conta com o apoio de milhões de adeptos que os modernistas se recusam a reconhecer.

Tudo com Cunha terá que ser intensamente negociado. Mas para o sucesso das negociações o Governo precisará de dois elementos fundamentais: entender os objetivos reais de Cunha e ter um competente negociador.

Como nos seriados tecnopoliciais norteamericanos, para combater os adversários, o Governo precisará de especialistas em traçar perfis psicológicos.
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