Ambos os países tem um importante mercado interno, mas para a disputa pelos demais mercados precisam implantar escalas superiores ao seu potencial interno.
Uma alternativa é converter a sua fábrica numa plataforma de exportação, focada inicialmente no mercado latino americano, concorrendo principalmente com os mexicanos.
É o que ocorre com os planos da Nissan, segundo matéria do jornal o Valor Econômico, de 25 de setembro de 2015, sob o título "Nissan planeja aproveitar dólar alto e iniciar exportações a partir do Brasil".
Essa conversão enfrenta o problema dos índices de conteúdo nacional. Em tese, esses índices devem valer para toda a produção, seja destinada ao mercado nacional, como ao mercado externo.
A exigência do conteúdo nacional faz com que os produtos finais brasileiros percam competitividade nos mercados externos.
O Brasil tem duas opções, em função da evolução histórica da sua indústria automobilística:
- flexibilizar a sua política de conteúdo nacional, com mudanças do seu cálculo, para tornar os produtos finais mais competitivos e viabilizar aumento das exportações;
- manter a política atual o que poderá favorecer o ingresso de mais multinacionais de autopeças. Mas também com o risco de que a montadora desista de produzir no Brasil.
Em qualquer das duas hipóteses a atual indústria de autopeças com grande participação de empresas nacionais está condenada à extinção. Terá o mercado supridor para as montadoras multinacionais tomado pelas importações ou pelas multinacionais instaladas ou que vierem a ser instaladas no país.
As nacionais, como já acontece com muitas delas, terão que sobreviver dentro do mercado de reposição.
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