- dar continuidade ao
processo de "modernização" da cidade ampliando a infraestrutura de
serviços fora do centro, como ocorreu com a instalação da Estação
Ciência no litoral, em área pouco ocupada, com o objetivo de
desenvolvê-la, sem considerar que isso ajuda a esvaziar o centro. É, na prática, o caminho "anti-centro";
- buscar a preservação das funções tradicionais do centro, além de sede das funções públicas, ser o principal nó (hub) do transporte coletivo, priorizando a implantação dos terminais de transporte coletivo (locais e regionais),e a melhoria das vias de acesso a esses. A preservação, manutenção e melhor utilização dos marcos da cidades, como o caso do antigo Hotel Globo, é outra ação prioritária;
- promover a revitalização do centro, dentro dos seguintes rumos principais:
- desenvolver atividades de lazer, em todos os campos: esportivo, passeio, cultural e artístico, implantando infraestrutura e promovendo eventos;
- promover o centro como ponto de encontro facilitando a instalação de bares, restaurantes, casas de shows e outros locais de reunião da população;
- revitalizar os imóveis mediante a sua restauração, pintura das fachadas e outras ações de caráter estética, criando incentivos para os proprietários;
- promover a moradia no centro, buscando duas categorias de moradores:
- trabalhadores em atividades de menor renda, com trabalho no centro, oferecendo vantagens de redução da movimentação;
- jovens de classe média que buscam novos padrões de vida, sem carro, moradias de menor espaço e menor custo, com o suprimento de facilidades por terceiros, dentro da própria área.
Qual será o impacto da renaturalização do Parque Solon de Lucena sobre o seu entorno? Promoverá a valorização imobiliária e mudanças na ocupação e no uso do solo? Com isso provocará a gentrificação? Para onde irão os que forem desalojados em função dessa valorização?
O resultado será a modernização, com ampliação da desigualdade social?
Será possível a modernização, sem prejudicar a população de menor (baixa e média) renda que ainda está instalada no centro?
Ou o projeto não terá grandes repercussões, não conseguindo conter a tendência de esvaziamento e deterioração do centro?
É sempre interessante discutir a revitalização do centro urbano das grandes cidades como você faz aqui, Jorge Hori. Você fala de João Pessoa mas eu não deixo de pensar em São Paulo, uma cidade muito mais difícil. Mas as saídas não são muito diferentes. Me parece mais sensata a alternativa 3, de revitalização e adensamento do centro. O que me vem à cabeça é que o Poder Público precisa saber gastar. Valorizar cada tostão empregado em projetos de revitalização, colocando o custo total diante dos moradores e contribuintes. Estes precisam considerar as diversas saídas e propostas pelo seu custo também.
ResponderExcluirEliana. Obrigado
ExcluirTenho discutida a questão aqui no blog. Mais recentemente o risco da decadência da Av. Paulista que havia se tornado o novo centro, a partir dos anos 60. No próximo final de semana colocarei um artigo específico sobre o centro tradicional de São Paulo.