Com o início de ano novo o clima emocional deverá estar menor e a percepção dos fatos reais mais presentes.
Dentro dessa percepção, não há possibilidade de um Governo Temer.
Nos dois processos em curso se Dilma cai, ele cai junto. No TSE porque a cassação será do registro da chapa e não só da Presidente. Na Câmara, a única denúncia que ficou no processo de impeachment são seis decretos editados em 2015, desrespeitando a autorização legislativa genérica. Desses, três foram assinados por Michel Temer, no exercicio da Presidência.
No caso de vacância, assume o Presidente da Câmara. Se Eduardo Cunha estiver afastado assume Waldir Maranhão, também investigado pela Operação Lava-Jato. A sucessão não é pessoal. É do cargo. Quem estiver na Presidência da Câmara assume.
Se estiver impedido, assume o Presidente do Senado. Se ele também estiver afastado (e não impedido) assume o 1º Vice-Presidente, Jorge Viana do PT.
E se esse também estiver impedido na ocasião, assume o Presidente do STF, Ricardo Levandowsky.
Esses dois últimos casos são de interesse do PT para manter o projeto de poder.
Mas para isso terá que eliminar muita gente pelo caminho. É muito trabalho e muita incerteza.
O PT e a Presidente contam com a inaceitação da sociedade da linha sucessória para vencer o processo de impeachment.
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