A estratégia do MPL é provocar os mal preparados soldados da PM, sofrer reação violenta, desproporcional e se colocar diante da sociedade como vítimas da opressão governamental, contra uma ação legítima de defesa dos interesses dos que mais precisam.
Essa é uma condição fundamental para sustentar o seu movimento e pressionar os Governos a anular os aumentos. Conseguiram em 2013 e lutam para conseguir agora em 2016.
Mas essa estratégia é prejudicada pela adesão dos blackblocs que, pelo seu vandalismo, afastam os que querem se manifestar pacificamente.
Manifestar-se pública e pacificamente é expressar a sua indignação, contrariedade e agir.
A maioria da população fica irritada com os aumentos, mas não passa de uma reação pessoal ou particular. Os jovens, mais ousados, saem às ruas, por ação voluntária e - com a sua iniciativa - esperam que os demais indignados os sigam, engrossando o movimento. Sem isso não conseguem obter das autoridades a revogação das medidas que combatem.
As suas estratégias não são profissionais, pensadas e programadas. Baseiam-se "no calor da hora", nas reações emocionais e nas utopias, e só dão certo quando as suas ações contaminam os predispostos a sair às ruas.
O outro lado desenvolve as estratégias profissionalmente, que são, em geral, incompetentes e ineficazes.
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