Corrupção
nunca é unilateral ou uni partite. Envolve sempre duas partes, ambas
corruptas.
O
Governo do PT sistematizou uma prática antiga, de uso restrito,
organizando um mega esquema de corrupção, com o seu principal aliado
político, o PMDB e ainda o PP, por ter sido o criador do novo modelo.
Por
questões de foro jurídico e ação dos respectivos juízes, as ações de
investigação correm mais celeremente em relação aos corruptos
privados. E ainda seguem lentamente em relação aos corruptos públicos.
É
natural que os políticos envolvidos busquem utilizar as suas forças
políticas e as prerrogativas de legislar para buscar soluções legais
para conter os avanços da Justiça contra eles. É uma reação de
auto-defesa.
Porém
o Ministério Público, com apoio de grande parte da sociedade
organizada, ataca essas tentativas, com o argumento da "obstrução da
justiça". O que deixa a Justiça Suprema Nacional de "saia justa", diante da
precipitação do Ministério Público. Este
assumiu o papel de "justiceiro" e pressiona o Judiciário.
O
julgamento mais importante será do povo. Não da sua parte menor que é a
sociedade organizada. Mas de toda massa de eleitores que poderá se
manifestar em 2018.
Com
grande diferença de amplitude. Lula (por enquanto) se concorrer à
Presidência da República terá um julgamento nacional. Poderá ser
plenamente absolvido com a sua eleição. Ou condenado - definitivamente -
por decisão nacional dos eleitores.
Já
Romero Jucá será julgado pelos eleitores de Roraima e
poderá seguir no Senado por mais oito anos, ou como deputado federal. Para tristeza e
revolta da sociedade organizada, principalmente a do sudeste.
Renan
Calheiros precisa um pouco mais de votos que Jucá, mas também será
julgado popularmente por um Estado pequeno (em termos de eleitorado).
Essa
característica do sistema eleitoral brasileiro faz com que a opinião
publicada, a sociedade organizada reclame por condenação nacional de
políticos regionais. Que, pelo menos, os tornem inelegíveis.
O eleitor paulista não aceita a livre e democrática decisão dos eleitores de outros Estados que elegem aqueles que ele condena.
Ver o que não é mostrado - Enxergar o que está mostrado Ler o que não está escrito Ouvir o que não é dito - Entender o que está escrito ou dito
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