Michel Temer, ao contrário do que parece segue uma visão estratégica de Governo. Seus opositores não.
Temer percebe que só tem condições de se manter no Governo, com poderes, se a economia reanimar.
A visão dele é de que Dilma não estava conseguindo conter a trajetória descendente da economia, fundamento estrutural do afastamento dela. E que, se ele não conseguir reverter a tendência, também não conseguiria completar o mandato.
A visão não é original. Era a de Lula, para manter Dilma e o PT no poder. Ter Meirelles no comando da política econômica e Temer na articulação no Congresso. Mas Dilma não aceitou essa proposta e acabou sendo afastada.
Temer chamou Meirelles para a Fazenda e assumiu - ele mesmo - a articulação política, com auxílio dos seus contumazes auxiliares.
Atende ao mercado e seus analistas, mas com ressalvas porque obtém as aprovações dentro da mais tradicional "velha política".
Sem as práticas da "velha política" o Governo não conseguiria aprovar no Congresso as reformas, como demonstram os fracassos de Governos anteriores.
As reformas pretendidas são impopulares e jamais terão o apoio popular. Só de uma parte da elite, a minoria silenciosa. A aprovação das reformas piora a popularidade.
O custo da viabilização de uma política econômica de revitalização da economia é o uso intenso da "velha política". Mesmo com essa não será fácil aprovar algumas medidas.
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